Meu comentário não pretende ter qualquer posicionamento politico partidário . Sou apenas um cidadão que observa noticias , como a maioria absoluta da sociedade, sem capacidade ou possibilidade de ir a fundo nos verdadeiros interesses por trás do que vemos e ouvimos. O que me chama atenção é que a sociedade brasileira e grande parte dos cidadãos brasileiros perdeu a noção do certo e do errado, perdeu a referência do justo e do injusto, perdeu a vergonha na cara de ser pisoteado e submetido a mandos e desmandos. Nossas grandes referencias de defesa estão sob questionamentos de honestidade: o Legislativo só legisla em causa própria, o Executivo não consegue executar por incompetência, submissão ou desonestidade, o Judiciário sob suspeita de ativismo politico e parcialidade permanente, as Igrejas ( todas ) atreladas a interesses ideológicos de politicagem e poder. Enquanto isso, o brasileiro procura brechas para burlar as leis, defender o indefensável e ficar em berço esplêndido. Temos que fazer um exame de consciência e assumir o quanto nós, sociedade, somos responsáveis e partícipes de tudo isso. Não valorizamos a historia ou brincamos com ela, não respeitamos nossos símbolos ou fazemos chacotas dos mesmos, idolatramos pilantras e desprezamos verdadeiros cidadãos ou patriotas. Até Deus virou anteparo para nossa promiscuidade moral e intelectual. Verdadeiramente, alguma dessas pessoas que estão aí, no quadro eleitoral, tem cabedal ético, moral, intelectual, legal para representar uma nação séria? Mas nossas oportunidades e opções continuam como sempre, uns rejeitam o ladrão, outros rejeitam o machão, outros rejeitam o ogro capitão, outros ainda não reconhecem uma senadora sem expressão e assim vai .

Tenho preocupações seríssimas com o que está por vir, independente do resultado do pleito. Escolas que não ensinam, jovens que não querem aprender, adultos que não querem se responsabilizar por nada e reclamar de tudo, apesar de não demonstrarem capacidade nem interesse de resolverem nada. Enquanto isso, o mundo implodindo e explodindo fronteiras afora, as oportunidades de sermos uma verdadeira nação e potência passando à nossa frente e nós discutindo se as urnas eletrônicas são seguras ou não. Viva o Brasil e o brasileiro !

Adalberto Baccarin (cirurgião dentista) Londrina

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Na contramão da ciência

É o que parece estar acontecendo no Japão. Leio, na edição de hoje (19/8) que lá o governo está preocupado porque as pessoas estão bebendo menos bebidas alcoólicas, saqué especialmente, e isso faz com que caia a arrecadação de impostos. Salvo erro da minha parte, isso é totalmente contra o que a ciência diz, ou seja, bebida alcoólica é droga e vicia grande parte dos usuários com prejuízos enormes à saúde, às famílias e a à sociedade como um todo e, ao final, provocando brigas e conflitos, além de gastos vultosos para tratar os dependentes. E o destaque maior é que estão incentivando os jovens a beber mais porque esta nova geração está se viciando menos. Segundo a notícia, tem até uma instituição chamada Saquê Viva que deve apresentar estratégias que promovam mais o consumo de álcool no âmbito doméstico. Confesso que achei muito estranho porque é sabido o cuidado que os japoneses têm com a saúde. Lembro com saudade do colega de faculdade, o dentista e advogado Akira Itow. Era um defensor ferrenho da saúde e todas as vezes que ia ao seu consultório, grande parte da prosa era justamente sobre a saúde. Se a notícia for verdadeira, estamos à frente dos japoneses porque no Brasil há leis contra o uso indiscriminado de bebidas alcoólicas e outros vícios, como o cigarro, por exemplo. Substâncias que possam viciar são droga e o combate a elas deve ser constante. Não ao vício deve ser um lema diário entre todos, especialmente nas famílias.

Edgar Baer (advogado) Londrina.

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