A proposta indecorosa e oportunista da construção de outra Constituição, formulada pelo deputado Ricardo Barros, líder do governo, não encontrou apoio em nenhum jurista honesto e também em nenhum político sério deste país. Todos repudiaram a ideia e muitos criticaram-na como inadequada e, totalmente, fora do contexto atual da Sociedade. Quando algum governante não aceita a democracia e a liberdade, conquistada pela Sociedade, logo pensa em forjar uma nova carta para enquadrar o Sistema e a Sociedade nos seus interesses escusos e em suas ideias estapafúrdias e golpistas.

Querem tirar os direitos, duramente conquistados, da saúde, educação e segurança, dentre outros. Querem as verbas para o gabinete do ódio, querem as verbas destinadas a acabar com os incêndios, para deixar “passar a boiada”, queimando o Pantanal e a Amazônia. A Constituição Cidadã, como denominou o inolvidável e insubstituível Ulisses Guimarães, contemplou da melhor forma todos os direitos e deveres do cidadão. Além disso estabeleceu meios e fórmulas de emendá-la quando necessário, segundo as necessidades do país.

Essa constituição é muito boa e manteve intactas as instituições democráticas do Brasil, conforme asseveraram o ex-ministro Aires Brito e o atual ministro Luiz Roberto Barroso. ´E preciso notar que somente se faz uma nova constituição, quando há uma ruptura no sistema institucional do país, como no Chile que herdara até agora a constituição do regime ditatorial. É claro que existem inúmeros problemas no imenso e continental país brasileiro, mas eles decorrem mais da falta de gestão dos nossos políticos medíocres, do que das leis. É preciso fazer as reformas, como quer o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, para que o país possa andar econômica e socialmente, ainda mais depois da pandemia.

Com constituição nova, com negacionismo da vacina contra o vírus, não vamos chegar a lugar nenhum, ou melhor, vamos sim chegar a um sistema autoritário daqueles que não sabem governar. A atual Constituição Cidadã foi a melhor de todas na história do Brasil, pois estabeleceu os parâmetros e o modelo para um país civilizado. Faltam as leis complementares estabelecidas na própria constituição. Eu sabia que iríamos sentir saudades do Ulisses Guimarães, do Brizola e do José Richa.

Servio Borges da Silva (advogado) Londrina

MEMÓRIA

31 de outubro de 2017

Fortes chuvas atingem 38 municípios no Paraná

A Defesa Civil do Paraná trabalha em diversas regiões para sanar os estragos causados pelas fortes chuvas. Até as 18h desta segunda-feira (30), o boletim da Defesa Civil registrava 4.007 pessoas afetadas em 38 municípios. Em todo o Estado, 93 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, tiveram que sair de suas casas e ainda não foram para abrigos ou casas de outras pessoas. A previsão é que o número de afetados aumente, já que a Defesa Civil continua acompanhando os municípios. “Ainda não houve pedidos de ajuda humanitária, mas a situação tende a evoluir”, afirmou o chefe operacional da Defesa Civil, capitão Romero Nunes da Silva Filho.