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EDITORIAL 5m de leitura

Na pandemia, as universidades se mostram ainda mais relevantes

ATUALIZAÇÃO
22 de agosto de 2020

Folha de Londrina
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Uma crítica que persiste há muitos anos sobre as universidades diz respeito ao distanciamento dessas instituições da comunidade. Mito ou realidade, a questão é que a pandemia do novo coronavírus está ajudando a derrubar alguns muros e a vencer distâncias entre a academia e a sociedade.   

Certamente, temos visto que os estudos realizados em instituições de ensino superior têm sido fundamentais não apenas para fazer um raio x desse momento inédito na história, como também mostrar que academia tem produção acessível e pronta para ser utilizada.  

Em reportagem publicada pela FOLHA nesta sexta-feira (21), o leitor conheceu três pesquisas que serão conduzidas em universidades públicas do Paraná e que foram selecionadas entre duas mil propostas protocoladas em todo o país para obter financiamento nacional.  

A seleção foi realizada por meio de uma parceria entre os ministérios da Saúde e de Ciência, Tecnologia e Inovações e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O edital para o repasse de recursos teve apenas 90 propostas escolhidas que receberão juntas o valor de R$ 45,5 milhões. 

Na UEL (Universidade Estadual de Londrina), a intenção do grupo é desenvolver métodos de diagnósticos da Covid-19 mais baratos em comparação com os já disponíveis no mercado. 

Outro grupo de pesquisadores, desta vez da UEM (Universidade Estadual de Maringá), pretendem acompanhar pacientes que tiveram a Covid-19 e foram internados em hospitais. Serão avaliadas sequelas e consequências físicas, emocionais e econômicas da doença nessas pessoas que se recuperaram.  

Na UFPR (Universidade Federal do Paraná), um grupo de pesquisadores trabalha para desenvolver uma vacina contra a Covid-19. A intenção é utilizar a nanotecnologia que permite que a proteína do SARS-CoV-2 seja ligada a uma espécie de plástico biodegradável. As nanopartículas imitariam antígenos para ativar o sistema imunológico.  

São apenas três exemplos dos muitos projetos que as instituições de ensino estão desenvolvendo desde que a pandemia bateu à nossa porta. Produção de vacinas, de medicamentos, utilização da tecnologia para monitorar casos, impacto do isolamento social na vida dos adultos e crianças - todos temas de estudos e debates em andamento nas universidades, faculdades, institutos e escolas. Há muitas iniciativas e a contribuição que a ciência está dando à sociedade é fundamental.  

É certo dizer que na pandemia, as universidades estão se mostrando mais relevantes do que nunca.  

A FOLHA agradece a preferência! 

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