Desde que a pandemia do novo coronavírus começou, só se fala numa coisa: vacinas. Assunto mundial, as vacinas já foram responsáveis por uma gama de debates, desde a corrida de muitos países para sua fabricação, passando pela comprovação da maior ou menor eficácia, até chegar aos escândalos de supostas compras superfaturadas, alvo na CPI da Covid.

No Brasil, ainda patinamos garimpando vacinas suficientes para todos as faixas etárias e só agora engatamos a possibilidade de prevenção em massa para os que estão na casa dos 40 anos.

Diante de tanta necessidade, uma pesquisa da UFPR ( Universidade Federal do Paraná ) é mais um alento na luta contra uma doença que já matou mais de meio milhão de brasileiros. A universidade começou, oficialmente, na sexta-feira (2) uma campanha para produzir o imunizante que já está sendo chamado de "Vacina da UFPR".

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A luta é pela captação de recursos para fabricar uma vacina de baixo custo não para apenas a covid, mas também para outras doenças. Entre as características mais animadoras, está o fato da Vacina da UFPR ser fabricada com 100% de insumos nacionais. Ela também será multifuncional, ou seja, a mesma tecnologia poderá ser aplicada para prevenir a zika, a dengue, o chikungunya e as parasitoses.

A previsão é que os testes pré-clínicos da Vacina da UFPR contra o coronavírus sejam finalizados até o fim de 2021. Depois, segundo os pesquisadores, o imunizante deverá ser disponibilizado à população em 2022, caso seja aprovado nos testes clínicos. Num país em que se fala em vacinas importadas de até US$ 15 a dose, é realmente um alívio saber que a vacina do Paraná poderá ser produzida a um custo estimado entre R$5 e R$ 10 a dose.

A pesquisa da UFPR começou no início de 2020 com financiamento de R$230 mil do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A UFPR, mesmo passando por dificuldades de orçamento, também investiu R$ 40 mil em recursos próprios. O governo do PR garantiu mais R$ 995 mil para custeio, equipamentos e bolsas de pesquisa. Para dar o passo decisivo para a fase clínica, a UFPR agora precisa captar mais recursos, a campanha foi lançada numa plataforma digital para doadores que poderão acompanhar a pesquisa. A fase de testes em humanos deverá custar cerca de R$50 milhões para abarcar cerca de 30 mil voluntários. Isso é mais um exemplo do quanto a ciência brasileira tem contribuído para controlar a pandemia e disseminar saúde.

A FOLHA deseja mais vacinas a todos os brasileiros!

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