O governador Ratinho Junior suspendeu ontem os efeitos do decreto que previa medidas restritivas contra o coronavírus em todo o Paraná. A justificativa é a melhora no cenário da pandemia. Em duas semanas, os números de casos diagnosticados e de óbitos caíram a mais da metade nos 399 municípios paranaenses. Agora, ficam liberados eventos sem qualquer limite de público. A única exigência mantida é o uso de máscaras.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Um novo momento no cenário da pandemia
| Foto: Gustavo Carneiro

O Paraná, assim como todo o País, colhe os frutos da arraigada cultura de vacinação, impulsionada através de gerações por meio da simpática figura do Zé Gotinha. Países até mais desenvolvidos, onde a resistência aos imunizantes é maior, continuam a enfrentar aumento de casos.

Dados da plataforma Our World in Data, alimentada por pesquisadores da Universidade de Oxford, mostram que o Brasil superou os Estados Unidos na porcentagem de habitantes com vacinação completa contra a Covid-19. Atualmente, a parcela de brasileiros que receberam duas doses ou dose única é de 59,75%, ante 57,62% dos americanos.

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Na Europa, o avanço desigual da vacinação faz alguns países voltarem a discutir medidas de restrições para frear o contágio. Países como o Reino Unido começam a viver uma nova alta de casos, enquanto membros da União Europeia, como a Romênia e a Letônia, enfrentam ainda baixas taxas de vacinação e um aumento no número de mortes.

Londrina, que já chegou a ter mais de mil pessoas infectadas ao mesmo tempo, tem atualmente 158 casos ativos da doença. Destes 117 estão em isolamento no domicílio e 41 seguem internados: 16 em enfermarias e 25 em unidades de terapia intensiva, as UTIs.

Nos hospitais, o clima já é bem menos árido do que aquele encontrado entre os primeiro e segundo trimestres do ano, no pico da pandemia, contam os profissionais de saúde.

Nesta terça-feira (16), o Ministério da Saúde anunciou a redução do intervalo da dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Além disso, também ampliou a cobertura do reforço para todos os brasileiros maiores de 18 anos.

É inegável que o cenário que se desenha é alentador, mas é preciso evitar baixar a guarda contra o vírus neste momento decisivo. Epidemiologistas recomendam manter todos os cuidados: usar máscara, evitar aglomerações, higienizar as mãos e evitar levá-las à boca, aos olhos.

Para 2022, a expectativa é que o calendário vacinal não sofra atrasos por conta de apostas erradas em tratamentos ineficazes.

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