Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Um ano de vacinação contra a Covid-19
| Foto: Isaac Fontana - Frame Photo - Folhapress

Nesta semana, o país comemorou o aniversário de um ano da aplicação da primeira vacina contra a Covid-19. Foi no dia 17 de janeiro que a enfermeira Monica Calazans, de São Paulo, recebeu o imunizante e o Brasil começou a respirar mais aliviado.

Em Londrina, a primeira pessoa a receber o imunizante, no dia 19 de janeiro, foi a técnica de enfermagem Rosimeire Oliveira de Paula, que na época trabalhava na linha de frente da Covid-19 na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Sabará.

Naquele 19 de janeiro, a cidade recebia nove mil doses e iniciava a campanha de vacinação contra a Covid-19 pelos grupos prioritários de profissionais de saúde, idosos em instituições de longa permanência e trabalhadores dessas instituições.

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Mônicas, Rosimeires, Josés, Paulos, Franciscos, Marias... Cada um à sua hora se apresentou para receber a vacina e ajudar o país a chegar a uma condição importante de 162 milhões de pessoas com duas doses do imunizante contra a Covid-19, alcançando o índice de 75,53% da população brasileira imunizada (dados de terça-feira, 18 de janeiro).

Londrina tem cerca de 73,7% da população total imunizada com as duas doses ou dose única e 23% com a terceira, de reforço.

Sejam quais foram os imunizantes utilizados, CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca, Janssen, o fato é que nesse último ano a vacina foi a personagem principal de qualquer noticiário e mudou a realidade nos hospitais do Brasil, mesmo com a presença de uma variante extremamente contagiosa, como é a ômicron.

Profissionais de saúde ouvidos pela FOLHA em hospitais de Londrina que tratam a doença (HU e Evangélico) contaram à reportagem que o perfil dos pacientes internados mudou com o avanço da vacinação e também as características de internação.

Se no passado eram as UTIs que ficavam lotadas, hoje são os prontos-socorros e a assistência básica que estão sobrecarregados diante da escalada vertiginosa de casos de síndromes respiratórias.

Os profissionais de saúde também têm notado que muitos daqueles que necessitam de um leito hospitalar não estão com o esquema vacinal completo, ou seja, não receberam a segunda ou terceira dose, caso esteja no prazo, ou que não foram vacinados com nenhuma.

O início da vacinação contra a Covid no Brasil foi muito atribulado (como aconteceu recentemente quando chegou a vez das crianças), tanto que resultou em uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado. Mas após alguns meses patinando, quando o processo engrenou, o país teve motivos para se orgulhar novamente do seu Programa Nacional de Imunização, um dos melhores do mundo.

Apesar da desinformação e da resistência por parte de uma parcela da população ao imunizante, o país tem, sim, o que comemorar neste um ano de chegada das vacinas contra a Covid. Mas a comemoração ainda precisa ser com máscaras e distanciamento social.

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