“O Paraná terá a melhor logística do Brasil”. Devemos ficar atentos para que essa declaração, feita pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se torne realidade. O estado sofreu muito com deficiências no setor de transporte nas últimas décadas e o preço do pedágio foi um ponto negativo no quesito competitividade.

A declaração do ministro foi feita na quarta-feira (11), em Curitiba, quando ele e o governador Ratinho Junior apresentaram o modelo de concessão das rodovias paranaenses à União. O projeto, que tramita na Assembleia Legislativa, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, e segue para outras comissões da Casa antes de ir a plenário.

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano, afirmou que pretende agilizar a tramitação do projeto na Casa "para acabar com esse trauma no estado". Foram muitas as ações judiciais movidas pelo próprio estado ou entidades de classes, pedidos para suspender cobrança, liminares para reduzir o preço da tarifa. Todas terminaram com a população insatisfeita.

Com a aproximação do fim dos contratos firmados em 1996, a situação começou a mudar. Foram raras as ocasiões em que um tema, no caso, o pedágio, tenha reunido em uma mesma direção deputados estaduais de diferentes partidos, além de lideranças de vários setores e os cidadãos. O foco dessa união foi garantir o pedágio com menor preço funcionando em estradas de qualidade.

Na quarta-feira, o ministro detalhou como será a nova concessão de 3,3 mil quilômetros de rodovias do Paraná. Estado e a União formataram uma metodologia específica para os seis lotes, de maneira a garantir tarifa mais baixa, disputa livre na Bolsa de Valores e garantia de R$ 44 bilhões em execução de obras.

Na solenidade, o governador Ratinho Junior resumiu o sentimento do paranaense em relação ao pedágio: o usuário considera o serviço como importante, mas não aprovava o preço alto pois durante anos pagou a tarifa insatisfeito com as obras.

Ratinho Junior lembrou que o geograficamente, o Paraná está no centro de 70% do PIB da América do Sul. Mas só com melhor infraestrutura e logística, conseguiremos nos beneficiar dessa condição geográfica e atrair mais indústrias e investidores para o nosso estado.

Nessa próxima fase de tramitação do projeto de concessão das rodovias na Assembleia, é importante que a sociedade se debruce, junto com os parlamentares, para entender todos os detalhes do contrato que irá vigorar por mais três décadas. Ele vai mexer no bolso do cidadão, seja na praça do pedágio, seja como consumidor final dos produtos do agro ou da indústria. De um jeito ou de outro, mesmo quem não viaja, paga o preço do pedágio.

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