Os jovens estão atendendo ao chamado das autoridades em saúde para aderirem à campanha de imunização contra a Covid-19. Em apenas um dia, 14 mil pessoas realizaram o cadastro prévio para receberem a vacina no site da prefeitura de Londrina. Para a faixa etária dos 18 anos, o cadastro começou no último sábado (7), dando início, assim, ao processo de vacinação de 100 por cento dos adultos.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Vacinação contra a Covid: chegou a vez dos mais jovens
| Foto: Gustavo Carneiro/16/06/21

Conforme o monitoramento em tempo real feito pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), 310.874 pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina contra Covid em Londrina até a noite deste domingo (8). O monitoramento aponta ainda que 121.891 foram completamente imunizadas com a segunda dose, e 11.859 com o imunizante de dose única.

Em um dia, 14 mil realizam cadastramento para a vacina em Londrina

A Sesa comemorou neste domingo a marca de 2,5 milhões de pessoas completamente imunizadas contra a doença em todo o Paraná.

A resposta positiva dos jovens londrinenses é muito promissora. Principalmente quando vemos que o movimento antivacina continua forte em vários países, incluindo o Brasil, colocando em risco a saúde coletiva.

Recentemente, a Folha de Londrina publicou entrevista em que o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, fazia um apelo para que as pessoas retornassem para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

O fim da pandemia do Sars-Cov-2 depende do comprometimento do maior número de pessoas com a imunização. Foi pensando nisso que a prefeitura de São Paulo tomou uma decisão que levantou polêmica. No último sábado (7), o diário oficial do município trazia determinação de que todos os funcionários de autarquias, fundações e da administração indireta devem se vacinar contra Covid-19.

A recusa, sem justa causa médica, será considerada falta grave e poderá resultar em punições, como repreensão, suspensão, dentre outras.

Países como os Estados Unidos enfrentam um movimento forte antivacina que originou o que os americanos estão chamando de "pandemia dos não vacinados". Trata-se da atual fase em que os EUA se encontram, em que há doses do imunizante sobrando, mas pessoas rejeitando o produto.

Por conta disso, calcula-se que atualmente 99% das mortes pelo coronavírus nos EUA são de não vacinados. A informação foi divulgada pelo conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, Anthony Fauci, em julho.

A situação desencadeou uma série de publicações nas redes sociais de médicos americanos relatando, entre outras coisas, que estão recebendo pessoas jovens e saudáveis no hospital com infecções muito graves por Covid e que uma das últimas coisas que eles fazem antes de serem intubados é implorar pela vacina ou se dizerem arrependidos por não tê-la tomado. Infelizmente, nem todos têm uma segunda chance.

Infectologistas já vêm alertando há meses de que no momento em que a imunização chega nas populações de menor risco, aumenta-se a hesitação em aderir à vacinação. Um grande erro, pois o coronavírus vem infectando os jovens e a variante delta ainda é um problema a ser superado. Seria um bom momento para os governos investirem em uma boa e ampla campanha para conscientizar a faixa etária mais nova.

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