Depois de tanto tempo impedidas até de sair de casa, a flexibilização das restrições exigidas pela pandemia do novo coronavírus vem possibilitando que as pessoas sonhem com novos horizontes. O renascimento do espírito aventureiro, o desejo de reencontrar parentes e amigos e a vontade de conhecer novos lugares fazem com que muita gente venha procurando passagens e passaportes.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - O turismo pós-pandemia
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Conforme a vacinação contra a Covid-19 avança, começa-se a olhar para fora de casa ou do apartamento. Segundo a Polícia Federal do Paraná, a procura por passaporte vem crescendo gradualmente desde o início do ano, mas nas últimas três semanas aumentou de maneira substancial.

Se for calculada a média de passaportes emitidos ao mês neste ano em comparação

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ao ano passado, o número de documentos já é quase 10% maior no Paraná. Neste ano, de janeiro a setembro, foram 6.005 passaportes emitidos, em média, ao mês. No ano passado, a média mensal de emissão ficou em 5.474 documentos.

Em todo o ano passado, a Polícia Federal do Paraná emitiu 65.694 passaportes. Neste ano, até o final de setembro, foram emitidos 54.048 documentos. Para se ter uma ideia do efeito da pandemia nas viagens internacionais, em 2019, a Polícia Federal emitiu 188.702 documentos.

A volta da emissão de vistos para turistas brasileiros pela embaixada dos Estados Unidos, a partir de novembro, provocou uma correria ao site do órgão. O calendário de entrevistas para obter o visto americano está sem datas disponíveis até dezembro de 2022.

Antes de os consulados fecharem por causa da pandemia, a espera entre o agendamento e a entrevista, necessária no processo de obter o visto, durava, em média, 15 dias. Agora, quem deseja viajar ao país e precisa obter ou renovar o documento precisa aguardar até 1 ano e 2 meses. A exceção fica para os vistos de estudantes e de pessoas em situações emergenciais.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos orientou que todas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde devem ser aceitas no país.

No começo da pandemia, em março do ano passado, as pessoas queriam apenas que as coisas voltassem ao que era antes. Poder ir para qualquer lugar, em qualquer hora. Um ano e sete meses depois, elas querem muito mais e o setor de turismo começa a passar por um reaquecimento.

O desafio, agora, é entender o que o turista espera de suas viagens na pós-pandemia. A Covid-19 provocou muita reflexão e as pessoas repensaram suas vidas e os hábitos de consumo. Assim, é preciso questionar qual a experiência que o viajante espera de suas próximas férias.

Os destinos (incluindo o Brasil) que decifrarem esse questionamento terão mais chance de atrair essa demanda represada por viagens.

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