A pandemia mudou os hábitos de consumo dos brasileiros, de uma maneira geral. Com o isolamento social, as pessoas tiveram que usar os canais digitais para realizar suas compras e, com isso, o comércio eletrônico ganhou a presença que especialistas projetavam para mais alguns anos, atingindo um crescimento significativo. Sorte de quem estava pronto para viver essa virada.

As dificuldades foram enormes até mesmo para os empresários que estavam preparados para elas. Lojas e outros estabelecimentos comerciais fecharam e em todos os setores foi preciso se readequar.

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Mas à medida que a vacinação avançou, o número de pessoas contaminadas diminuiu e o índice de contágio cedeu, as medidas restritivas foram afrouxadas e o público sentiu-se mais confiante em voltar a comprar.

Os números mostram essa recuperação. O comércio paranaense cresceu 2,2% em fevereiro, segundo a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quarta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A comparação é com janeiro, mês exatamente anterior. Esse é o recorte sem construção civil e veículos, que têm impacto relevante sobre o cenário, mas mesmo na pesquisa com esses dois setores houve aumento, de 0,9%.

O instituto também apontou um crescimento de 0,7% no varejo em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, época em que ainda estávamos fortemente impactados pela pandemia. Os setores que puxaram os números de fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021 foram tecido, vestuários e calçados (16,8%), artigos farmacêuticos (9,3%), livros, jornais e revistas (5,8%), artigos de uso pessoal ou doméstico (4,3%) e eletrodomésticos (0,8%). No primeiro bimestre de 2022 (comparação com janeiro e fevereiro de 2021), os aumentos foram para artigos farmacêuticos (11,9%), livros, jornais e revistas (10,8%), tecido, vestuários e calçados (7%) e artigos de uso pessoal ou doméstico (1,7%).

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Em relação à receita, houve um aumento de 2,2% no faturamento do comércio ampliado no Paraná em fevereiro, na comparação com janeiro. Em relação a fevereiro do ano passado, o crescimento foi de 13,3%. No acumulado dos últimos doze meses, seguindo tendência nacional, o aumento chega a 17,8%. Para analistas, esse índice aponta tendência de reação frente a 2020, ano da chegada do coronavírus.

A expectativa, agora, é que essa tendência de alta se transforme em uma realidade. Para tanto, é importante continuarmos atentos às orientações da Vigilância Sanitária para não termos uma recaída no controle da Covid-19, mantendo a vacinação em dia.

E ficar atento aos sinais comportamentais que o consumidor manifestou nesses dois anos de pandemia. Ele mostrou que está disposto a mudar e foi rápido em responder à necessidade de transformação da experiência de compra, incorporando e-commerce à sua vida. As empresas estão prontas para essas mudanças rápidas em seus negócios?

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