A dez dias do fim dos contratos das concessionárias de pedágio, cresce a expectativa dos paranaenses para circular sem o pagamento de tarifas nas estradas do chamado Anel de Integração. Os valores, considerados dos mais altos do País, deixarão de ser cobrados a partir do último fim de semana de novembro.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Expectativa para o fim do pedágio
| Foto: Marcos Zanutto/7-10-2019

No entanto, ainda há muitas interrogações sobre o processo de transição. A Frente Parlamentar do Pedágio tem duas preocupações principais. As obras não entregues e que estavam previstas nos contratos assinados 25 anos atrás e a sugestões para o novo modelo.

O presidente da comissão, deputado estadual Arilson Chiorato (PT), aponta que grande parte das sugestões colhidas em 18 audiências ficou de fora do novo plano de concessões das rodovias paranaenses. Resumindo, a voz do povo foi ignorada.

Na Assembleia Legislativa será apresentado um diagnóstico do problema na próxima terça-feira (23), durante uma nova audiência pública da Frente Parlamentar sobre o Pedágio. O estudo foi feito por técnicos do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura, da UFPR (Universidade Federal do Paraná).

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Outro problema é a falta de respostas em relação ao período sem a cobrança de pedágio. Serviços como assistência ao motorista poderão deixar de ser prestados. Já o guincho e o atendimento por ambulância são obrigações do Estado.

O TC (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) também está de olho na questão. O Pleno do tribunal apontou diversos pontos que precisam ser solucionados em caráter emergencial para que o usuário das estradas não seja prejudicado.

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Segundo o relatório, a supressão dos pedágios no Estado impactará imediatamente nas tarifas de transporte intermunicipal. Por isso, será incumbência do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) fazer um plano de contingência imediatamente posterior ao dia do encerramento da concessão para anunciar a redução proporcional no preço das passagens rodoviárias.

Outra recomendação é a imediata padronização da sinalização nas praças de pedágio, com iluminação adequada, como solução para a abertura das cancelas ao tráfego.

Por cerca de um ano, não haverá recolhimento de valores nas estradas paranaenses. A previsão é que o lançamento do edital de licitação seja realizado no primeiro trimestre de 2022. O leilão deve ocorrer no segundo trimestre. Já a assinatura do contrato pelas empresas vencedoras está prevista para o terceiro trimestre do ano que vem. E a esperança é que os próximos contratos venham com preços justos, serviços de qualidade e segurança para os usuários das rodovias.

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