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Opinião 5m de leitura

EDITORIAL - Espaços de lazer também precisam ser inclusivos

Quanto mais falarmos sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência, mais chances teremos de construir um mundo que integra

ATUALIZAÇÃO
22 de março de 2022

Folha de Londrina
AUTOR

É preciso falar sobre inclusão. Quanto mais falarmos sobre as oportunidades e dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência, mais chances teremos de construir um mundo que integra e pensa em todos. Embora seja grande o número de crianças, jovens, adultos e idosos com algum tipo de deficiência, não são muitas as pessoas que conhecem essa realidade e infelizmente esse desconhecimento acaba gerando preconceito e estigmas. 

Na semana passada, o passeio de uma família a um shopping de Londrina acabou trazendo à tona a questão da inclusão de pessoas com deficiência em espaços destinados à diversão infantil. Um parque provisório instalado na praça central do shopping não tinha brinquedos para que uma menina cadeirante de três anos pudesse brincar com o irmão e uma prima. A mãe da criança também não foi autorizada a acompanhar a filha aos brinquedos.

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A situação da pequena Sofia ficou conhecida nas redes sociais depois do desabafo da mãe da mãe da menina, a pedagoga Larissa Loureiro Batista Leal fez um triste e longo desabafo:  "Sei que o brincar é fundamental no desenvolvimento de qualquer criança, mas aquele parque não era um ambiente inclusivo. Minha filha não era bem-vinda ali. Ela simplesmente não pôde se divertir naquele ambiente feito para crianças, mas não crianças como a Sofia”.

A família buscou a administração do shopping, que tem mantido contato com os pais e afirmou que está buscando formas de tornar as atrações infantis mais inclusivas, construindo um ambiente acolhedor.

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Trazer esse caso à tona é importante para shoppings, parques, teatros, cinemas e outros empreendimentos que recebem um grande público. É preciso refletir frequentemente sobre como ser um ambiente inclusivo. E também para mostrar aos familiares de crianças com deficiência que como qualquer cidadão ou cidadã, elas têm o direito de frequentar esses locais, brincar, se divertir - é claro que algumas vezes as crianças precisão se um apoio para realizar a atividade ou fazer o passeio. Isso não deveria ser um impeditivo. 

Incluir as crianças com deficiência nos diferentes espaços de nossa cidade é bom para todos. Essa interação é importantíssima para se estabelecer empatia, respeito e interesse, indo além dos estereótipos. O Brasil está avançando no quesito inclusão, mas esse ritmo precisa acelerar. 

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