Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Combustível nas alturas
| Foto: Gustavo Carneiro

Está cada vez mais caro colocar gasolina no carro e nesta segunda-feira (25), mais uma alta no preço da gasolina e do diesel, anunciada pela Petrobras, fez crescer a preocupação do brasileiro com a escalada de preço dos itens básicos, provocada pelo custo do transporte de mercadorias.

O anúncio de novo reajuste pela Petrobras provocou mais revolta entre os caminhoneiros, categoria que já anuncia uma paralisação para o próximo dia 1º de novembro, caso o governo federal não apresente uma solução. A partir desta terça-feira (26), a gasolina subirá 7% e o diesel, 9,1%.

A escalada de reajuste do combustíveis no Brasil não para desde que a Petrobras adotou a paridade do preço internacional dos combustíveis para a venda no país. A cotação do dólar e a valorização do barril de petróleo contribuem para os aumentos nos preços, mas a cobrança de impostos pelos estados também apimentou a discussão e a briga entre governo federal e governadores.

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Os aumentos anunciados nesta segunda-feira refletem, segundo a estatal, a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio. O litro de gasolina vendido pelas refinarias da Petrobras custará R$ 3,19, ou R$ 0,21 acima do vigente atualmente. Já o litro do diesel sairá por R$ 3,34, alta de R$ 0,28. É o segundo reajuste dos dois produtos em menos de um mês. A propósito, os intervalos entre os reajustes, estão se tornando cada vez menores.

Vem somar aos motivos acima o fato de que a retomada de atividades pós-pandemia fez setores que estavam paralisados, como transporte aéreo e rodoviário, ganharem força e aumentaram a demanda por combustíveis. Infelizmente, os aumentos constantes da gasolina e do diesel se tornaram uma realidade assustadora para o brasileiro. Mesmo quem não tem carro ou caminhão sente no bolso o impacto desse movimento.

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A pergunta que todos fazem, se devemos esperar mais aumentos nas próximas semanas, é difícil responder. O presidente Bolsonaro afirmou que não pretende interferir no mercado, mas há uma categoria com potencial de provocar um grande estrago: os caminhoneiros. Mesmo com o auxílio de R$ 400,00 anunciado pelo governo federal para os autônomos, os ânimos não parecem ter esfriados.

Governo federal e lideranças dos caminhoneiros precisam se reunir e discutir uma saída razoável para essa crise, evitando uma nova greve que pode abalar ainda mais a crise econômica do país.

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