Desde o início da pandemia do coronavírus, médicos e cientistas do mundo inteiro se dedicam incansavelmente para encontrar vacinas contra a Covid-19 e também medicamentos para tratamento da doença, além de formas de prevenção.

As vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde e desde janeiro de 2021, quando começaram a serem utilizadas, os índices de contágio e mortes pelo novo coronavírus vêm caindo. Os imunizantes estão demonstrando que dá, sim, para poupar vidas a partir do avanço da campanha de vacinação em todo o planeta.

Mas um medicamento será muito bem-vindo para conter a replicação do coronavírus no organismo humano. Há experiências nesse sentido sendo desenvolvidas em vários países para que os pesquisadores entendam o metabolismo do vírus e suas etapas de replicação e possam desenvolver uma forma de barrar esse processo.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - A ciência cresce com o apoio do cidadão comum
| Foto: Paul Ellis / AFP

No desenvolvimento das vacinas contra a Covid, grupos de brasileiros participaram de estudos clínicos realizados por universidades e institutos em parceria com a indústria farmacêutica. Agora, mais uma pesquisa envolvendo imunizantes com participação de brasileiros foi anunciada nesta quarta-feira (6) e será realizada em Toledo, município do Oeste do Paraná, pelo Programa Nacional de Imunização, em conjunto com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), a UFPR (Universidade Federal do Paraná), a Secretaria de Saúde de Toledo e a Pfizer.

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Dentro de aproximadamente um mês, pesquisadores darão início a um estudo observacional de vacinação e o público-alvo é formado por pacientes acima de 12 anos que apresentarem sintomas respiratórios e buscarem os serviços públicos de saúde no município, independentemente do status vacinal.

Os pacientes serão convidados a participar e serão divididos em dois grupos: os positivados com Covid-19 e aqueles que tiveram testes negativos, mas apresentam sintomas (grupo controle). O objetivo é avaliar a efetividade do imunizante ComiRNAty, que já mostrou eficácia contra a Covid-19 em estudos anteriores, mas que agora será avaliado em um cenário de vida real. Serão analisados os impactos da vacina em prevenção de casos sintomáticos, reinfecção, internações, mortes, efeitos adversos, além de síndrome pós-Covid ou Covid longa e consequências em longo prazo atribuídas ao coronavírus.

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Em coletiva à imprensa, o pesquisador Regis Goulart Rosa, do Hospital Moinhos de Vento, explicou que um dos resultados da pesquisa será o apontamento de políticas públicas para a solução de questões sobre a Covid que continuam sem resposta e impactam na qualidade de vida do paciente que se curou da doença, como cansaço, fadiga, dificuldade de concentração, alterações no sono, entre outros.

É mais difícil enfrentar uma crise de saúde pública, como a do coronavírus, sem inovação, pesquisa e o entendimento da população da importância de colaborar com esses estudos. A ciência é a principal ferramenta para sairmos da pandemia.

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