É desnecessário realçar neste espaço a importância de Londrina para o desenvolvimento social e econômico do Estado e da Região Sul. Não apenas pelo fato de ser a segunda maior cidade paranaense, com seus mais de 550 mil habitantes, e polo de uma região de mais de 1 milhão de pessoas. Os londrinenses sabemos do potencial desse município que à beira de seus 90 anos tem forte vocação não somente para o agronegócio, força-matriz da economia do Paraná, mas também para a prestação de serviços, a tecnologia da informação, a cultura da inovação.

Daí que toda iniciativa voltada a promover o papel de relevância da cidade, reivindicando um protagonismo óbvio que ela carrega desde que virou a mola propulsora do Norte do Paraná, deve ser sempre acolhida, abraçada e replicada. Nesse sentido, há de se destacar o papel de sua sociedade civil organizada. Nesta semana, a Sociedade Rural do Paraná (SRP) promove a prestação de contas dos parlamentares que representam Londrina e região nos âmbitos estadual e federal. Evento oportuno para cobrar-lhes uma atuação enérgica em relação a demandas prementes para o desenvolvimento da nossa área, como no caso agora, a tão necessária obra do Contorno Leste.

Há uma preocupação legítima em incluí-la no novo modelo de concessão de pedágio, num momento em que se discutem soluções para um modal rodoviário moderno, eficiente e, não menos importante, duradouro. Acertam o tom as entidades representativas ao exigir do poder público uma atenção proporcional à relevância de Londrina no mapa da economia e do desenvolvimento do Estado. Projetos estruturantes, como a duplicação completa da PR-445 até Mauá da Serra e a própria construção do Contorno Leste, não devem ser vistos como um favor à cidade e à região. São necessários.

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Não é exagero criticar a morosidade na condução de obras viárias e urbanísticas em nossa cidade, quando surge a informação, por mais inacreditável que possa parecer, de que o líder da bancada paranaense na Câmara dos Deputados esqueceu de incluir uma emenda de R$ 50 milhões para a finalização do Teatro Municipal no orçamento de 2024. O esqueleto do prédio inacabado na zona leste é um símbolo de um deseixo que constrange.

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Não obstante as obrigações do poder público em promover seu desenvolvimento contínuo, Londrina também precisa se reconhecer protagonista. E para tal, nada como a sinergia da sociedade civil organizada para mostrar que a cidade de braços abertos a todos os filhos do nosso Brasil não é "terra de ninguém".