Os professores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) aprovaram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (11), a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (15).

A instituição maringaense se junta a outras cinco universidades em greve - UEL, Unioeste, Unespar, UEPG e UENP
A instituição maringaense se junta a outras cinco universidades em greve - UEL, Unioeste, Unespar, UEPG e UENP | Foto: UEM/AEN

A instituição se junta a outras cinco universidades em greve - UEL, Unioeste, Unespar, UEPG e UENP. Na próxima quarta-feira (17), será a vez dos docentes da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) decidirem se interrompem as atividades.

Em nota, o Sesduem (Seção Sindical dos Docentes da UEM) afirmou que a expectativa é que o movimento grevista possa pressionar o governo do Estado a abrir uma mesa de negociações em relação à reposição salarial e apresentar prazos concretos em relação à reformulação da carreira docente.

“Além disso, o movimento terá a tarefa de ampliar a discussão com a comunidade e com a sociedade sobre a precariedade que os governos têm imposto às universidade públicas e construir uma luta com toda a população pelo direito de termos um ensino público, gratuito e de qualidade”, completa o texto.

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Os professores do Ensino Superior pedem reposição salarial de 42%. Esse valor é resultado do não reajuste da inflação nos últimos sete anos. O governador Ratinho Jr. sinalizou com uma proposta de 5,79%, com pagamento previsto para agosto.

Na quarta-feira (10), uma reunião entre o FES (Fórum das Entidades Sindicais) e o diretor da Casa Civil, Luciano Borges, discutiu o assunto. “Borges informou que não há previsão de revisão do índice anunciado para a data-base, ou seja, em junho o governo deve enviar à Alep [Assembleia Legislativa do Paraná] projeto de lei concedendo a reposição da inflação de 2022, 5,79%”, informa o FES, em nota publicada em seu site.

Além disso, a prioridade apresentada por Borges, de acordo com o FES, é a reestruturação das carreiras “e deve apresentar estudos para isso no prazo de três semanas”. “Os dirigentes do FES argumentaram que a reestruturação das carreiras deve ser discutida, mas não substitui a implementação de uma política de Estado para estancar o aumento da defasagem salarial e um planejamento para pagamento dos retroativos”, destaca a entidade.

LONDRINA

Os docentes da UEL, que cruzaram os braços na segunda-feira (8), votaram nesta quinta pela continuidade da greve na instituição. Cesar Bessa, presidente do Sindiprol/Aduel, destacou o comparecimento da categoria à assembleia.

“Houve um acatamento quase unânime, com quatro abstenções, mas [quase] todos votaram a favor da continuidade da greve, dando um salvo-conduto ao próprio comando, que está tentando realizar negociações com o governo”, disse Bessa.

UENP

A deflagração de greve na UENP ocorreu por ampla maioria na assembleia do Sindiprol/Aduel, na noite de quarta-feira (10). Também foi aprovado o envio de uma solicitação para discutir a suspensão do calendário acadêmico de graduação e pós-graduação.

SETI

Procurada pela reportagem, a Seti (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná) afirmou, em nota, que tem discutido as pautas que envolvem funcionários e professores das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. “A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”, completa.

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