A UEL (Universidade Estadual de Londrina divulgou na tarde de sábado (02) por meio de transmissão ao vivo, via Facebook, que a instituição implantará capacitação de médicos por meio da telemedicina e também realizará a filtragem dos casos de atendimento por meio de tele diagnósticos para evitar a sobrecarga do sistema de atendimento. O anúncio foi feito pelo Reitor da UEL, Sérgio Carvalho.

Habilitação para realização de testes rápidos e filtragem de casos ajudarão a evitar sobrecarga do siistema.
Habilitação para realização de testes rápidos e filtragem de casos ajudarão a evitar sobrecarga do siistema. | Foto: Gustavo Carneiro

Carvalho ressaltou que a UEL está agindo conjuntamente com outras universidades estaduais do Paraná no combate ao Covid-19. “Estamos cumprindo o papel diante desse desafio com um coletivos de instituições”, ressaltou. Sobre a telemedicina, ele ressaltou que o projeto estadual vem sendo conduzido pelo professor Petris. “No macro ele já estava sendo desenvolvido com a Seti, mas há também outro projeto que contribui com a Sesa, mais voltado para o HU (Hospital Universitário), que irá criar um filtro para que o hospital não receba demandas que poderiam ir a outros hospitais da nossa macrorregião."

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Petris ressaltou que a equipe tem construído um estofo de suporte para fazer enfrentamento que poucas vezes viu na vida e poucas vezes verá. “Espero que depois disso não seja necessário. Nós em Londrina percebemos que nossos docentes se interessam por ajudar de forma efetiva para dar suporte. A telemedicina é uma continuação das atividades que estávamos planejando e fomos induzidos a correr um pouco mais para esse momento”, explicou.

A Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Mara Solange Gomes Dellaroza, que coordena o programa “UEL pela vida”, afirma que a UEL e a Fundação Araucária lançaram bolsas de estudos para apoiar a 17ª Regional de Saúde de Londrina. “Temos bolsistas em Apucarana, Porecatu e Londrina e brevemente teremos em Cambé. Em Porecatu os bolsistas atendem na divisa estadual, tentando identificar casos com sintomas do Covid-19 e dando orientações aos motoristas. Com a ativação com a telemedicina vamos apoiar bastante, já que a coordenação estadual da telemedicina está na cidade de Londrina.” Segundo ela, neste momento há alunos que abordam moradores de rua e prestam cuidados de saúde e, na próxima semana, a instituição iniciará o apoio dos vulneráveis pela lista da Secretaria Municipal de Assistência social. “Há seis mil idosos que moram sozinhos em Londrina”, destacou.

O Secretário Beto Preto ressaltou que em breve haverá a necessidade de utilizar as ferramentas adotadas na telemedicina para capacitar oiutras categorias profissionais, como os enfermeiros e fisioterapeutas. "Nós iremos dobrar o número de leitos de unidades de terapia intensiva no Estado e um bom intensivista demora dois anos para ser formado", destacou Preto.

A transmissão contou com a participação do Secretário Estadual de Saúde, Beto Preto; do Superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona; do Secretário Municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti; do professor e Vice-chefe do Departamento de Saúde Coletiva da UEL, Airton José Petris; Superintendente de Atenção à Saúde, na Sesa (Secretaria da Saúde do Estado do Paraná), Maria Goretti Lopes; farmacêutico-chefe do LAC, professor José Wander Breganó, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, do Centro de Ciências da Saúde (CCS); da Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, Mara Solange Gomes Dellaroza; e da diretora técnica do Lacen Paraná, Irina Riediger.

Evolução dos casos em Londrina:

Evolução dos casos no Paraná: