Sem ônibus em circulação nas ruas em razão da paralisação do transporte coletivo, os usuários recorreram aos aplicativos de transporte e caronas de vizinhos e amigos para conseguir chegar aos locais de trabalho. No Terminal Central, a entrada pela rua Professor João Cândido permanece fechada. Na avenida São Paulo, embora as portas estejam abertas, não há funcionários nas catracas.

Imagem ilustrativa da imagem Terminais vazios e população à espera de transporte alternativo
| Foto: Viviani Costa - Grupo Folha

Os trabalhadores da TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e Londrisul ainda não receberam os salários deste mês e aguardam respostas das empresas e da Prefeitura de Londrina para retomar as atividades paralisadas na sexta-feira.

LEIA MAIS:

Em mais um dia sem salários, motoristas fazem manifestação na Prefeitura

Já o transporte metropolitano funciona normalmente na manhã desta segunda-feira (12). Os funcionários da empresa TIL receberam 55% dos salários e aguardam o pagamento do restante até o começo da tarde desta segunda.

Com isso, passageiros dos municípios da região que conseguiram desembarcar nos pontos de ônibus em frente ao Terminal Central de Londrina utilizaram aplicativos de transporte para chegar até o destino final.

Imagem ilustrativa da imagem Terminais vazios e população à espera de transporte alternativo
| Foto: Viviani Costa - Grupo Folha

É o caso da empregada doméstica Marlene Lima. Ela veio de Ibiporã e aguardava a chegada do veículo solicitado por meio do aplicativo para seguir até a zona sul. “É uma sacanagem. Quem paga é a gente”, desabafou.

“Mas ninguém quer trabalhar de graça. Trabalhar sem receber também é duro, né. Não vale nem sair de casa. Vamos ver agora à tarde se eles já resolvem isso”, ponderou a funcionária de um pet shop Ana Paula Bonfim que estava ajudando Marlene a utilizar o aplicativo. Ana Paula mora em Bela Vista do Paraíso e trabalha em Londrina.

Imagem ilustrativa da imagem Terminais vazios e população à espera de transporte alternativo
| Foto: Viviani Costa - Grupo Folha

No terminal de ônibus do Vivi Xavier, na zona norte, usuários também aguardavam caronas ou veículos das empresas que se dispuseram a buscar os funcionários. A auxiliar de produção Caroline Schulze estava à espera da van disponibilizada pela empresa. “Na sexta-feira consegui carona para voltar para casa. Quando olhei no aplicativo, o preço estava em R$ 20 ou R$ 25. Geralmente, pago R$ 13 ou R$ 14. Os trabalhadores estão fazendo o papel deles para tentar receber. Eles têm que lutar mesmo, mas para a gente que precisa do ônibus fica complicado.”

“Acabei de ver aqui que está dando R$ 40 para ir para o centro. Avisei o pessoal da empresa e alguém vem me buscar. O pessoal tem razão de parar mesmo. Não estão recebendo e dinheiro essas empresas têm para pagar. Os ônibus estão sempre lotados! Eu sei disso porque trabalho em horários diferentes durante a semana. Tem dia que entro às 7h, tem dia às 9h, 14h e 15h e está sempre cheio”, contou a atendente Mara Marinho, que mora na zona norte e trabalha na região central.

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.