Os servidores técnico-administrativos do HU (Hospital Universitário) decidiram aderir à greve do funcionalismo público paranaense, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (2). À tarde, os funcionários da categoria que atuam na UEL (Universidade Estadual de Londrina) e os professores votam a paralisação.

Foram 20 votos a favor da paralisação e um voto contrário. Não houve abstenções. Os participantes da assembleia atuaram como representantes dos setores do HU, devido à complexidade do serviço hospitalar. O HU tem cerca de 970 trabalhadores desta categoria.

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Com a decisão, a paralisação no HU pode começar em 72 horas, prazo legal exigido após a deliberação. O início da greve depende das assembleias que ocorrem nesta tarde. Às 14h, Assuel (sindicato dos técnico-administrativos) e Sindiprol/Aduel (que representa os docentes) se reúnem no campus da UEL para decidir se o campus também vai parar.

Imagem ilustrativa da imagem Técnicos do HU decidem entrar em greve; situação da UEL será votada à tarde
| Foto: Gina Mardones - Grupo Folha

Arnaldo Mello, presidente da Assuel, afirma que a decisão já era esperada, uma vez que até mesmo a Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) aguarda mensagem do governador sobre possível aumento para seus servidores. “O [Ademar] Traiano (PSDB) já disse que só vota os aumentos para os funcionários dos outros poderes (Legislativo e Judiciário) quando houver acordo entre o o Executivo e os trabalhadores”, afirma.

A realização de assembleias nesta terça foi definida ainda na semana passada, quando as categorias decidiram esperar o prazo dado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) para uma contraproposta de reajuste. Os servidores pedem o pagamento da inflação do último ano, de 4,94%, mais um plano de aumentos para recuperação das perdas. Sem reajuste há 41 meses, a defasagem dos salários em relação à inflação já passa de 17%.

Lima lamenta que, desde o início das tratativas das categorias com o vice-governador Darci Piana (PSD), Ratinho não sentou-se à mesa de negociação. “Desde que assumiu o mandato, ele nunca conversou conosco”, diz o presidente da Assuel

Por volta das 10h, o presidente do Sindiprol/Aduel (entidade que representa os professores), Ronaldo Gaspar, disse que a entidade ainda não havia discutido qual proposta levará para a assembleia da tarde desta terça, mas que acredita que será pela paralisação. “É provável que levemos essa posição, porque não há alternativa”, afirmou.