Imagem ilustrativa da imagem Dia de ato de servidores termina sem proposta do governo
| Foto: EVERSON BRESSAN/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Curitiba - O sétimo dia da greve de professores e de outras categorias do funcionalismo estadual terminou sem proposta do governo para o reajuste salarial nesta segunda-feira (1º). O dia foi marcado por um ato realizado nas ruas de Curitiba pela manhã e pela presença de manifestantes na sessão plenária da AL (Assembleia Legislativa do Paraná), dominada pelo tema. No início da noite, servidores em greve iniciaram um acampamento em frente à sede do governo estadual. Segundo texto publicado pelo sindicato, a duração do acampamento e o fim da paralisação dependerá de uma resposta do governo.

A gestão Ratinho Junior (PSD) manteve a posição de não apresentar proposta enquanto houver greve. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, não há negociação em curso e os servidores em greve não serão recebidos. Não houve manifestação oficial por parte do governo. No início da noite, houve reunião entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e os deputados estaduais Hussein Bakri (PSD), Professor Lemos (PT) e Tercilio Turini (PPS). Bakri é líder do governo na AL, enquanto Lemos e Turini compõem a bancada de defesa do funcionalismo. Eles pediram que o governo reavalie sua posição e aceite conversar com os servidores.

“Sem uma proposta, os servidores não podem nem fazer uma assembleia para avaliar o fim da greve”, disse Lemos à FOLHA, após deixar a reunião. “Se não conversarem, não tem como evoluir”, avaliou. Na avaliação de Turini, o chefe da Casa Civil sinalizou disposição de construir uma proposta. A iniciativa, contudo, estaria condicionada à concordância do governador. “Não tem uma proposta elaborada, mas teve um avanço”, avaliou o deputado. “Na semana passada, não havia nada”, disse. “Acho que a disposição do chefe da Casa Civil de sinalizar com a possibilidade já é um fato positivo. Isso distensiona, abre a expectativa de que a gente possa construir uma proposta”, declarou Turini.

O presidente da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), Hermes Leão, disse que que a greve continua. “O governo não apresentou nenhuma proposta oficial. Então vamos continuar no esforço para que o governo receba os servidores”, disse à FOLHA. Segundo Leão, o acampamento iniciado em frente ao Palácio tem o objetivo de aumentar a pressão para que o governo sente à mesa com o movimento. “Nós estamos dispostos e prontos para o diálogo a qualquer momento”, disse.

ASSEMBLEIA

Professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) realizam uma assembleia na tarde desta terça-feira (2) para decidir sobre a adesão à paralisação do movimento liderado pelo FES (Fórum das Entidades Sindicais) no Estado. Conforme conta o diretor de comunicação do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região), Eliel Machado, os professores decidiram na última assembleia, na semana passada, aguardar uma eventual proposta do governo até esta segunda (1º). “A gente já aguardou o prazo do governo”, disse. “Caso não tenha absolutamente nada, acredito que a greve seja deflagrada.”