A Polícia Civil se manifestou pelo arquivamento do inquérito que apura o sequestro de Luana Oliveira Lopes, ocorrido há 18 anos em Florestópolis, cidade do Norte do Paraná com pouco mais de 11 mil habitantes. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo programa Cidade Alerta Londrina, da RICTV, e confirmada à FOLHA pelo delegado de Porecatu, Elisandro de Souza Correia.

Imagem ilustrativa da imagem Sem pistas, Polícia Civil deve arquivar investigação sobre caso Luana
| Foto: Reprodução/Sicride

Luana, com oito anos na época, foi raptada por um caminhoneiro enquanto buscava leite junto com o irmão em uma vizinha na zona rural do município. O garoto chegou a ser amarrado pelo motorista e abandonado em uma estrada. A menina nunca mais foi vista. Em março do ano passado, o caso voltou a ganhar destaque. Uma jovem de 24 anos, moradora do Estado do Rio de Janeiro, veio para Florestópolis alegando ser a criança sequestrada em 2003, mas exames de DNA mostraram que não há nenhum grau de parentesco.

"Não surgiram novas provas. Estou há 14 anos nessa delegacia e não houve nenhum avanço. Também não temos nenhuma pista sobre o caminhoneiro. Eu manifestei ao Ministério Público que a investigação estacionou. Agora depende do que o promotor e o juiz vão entender", explicou Correia. O inquérito chegou a ser arquivado em 2006 pelo mesmo motivo, mas foi retomado em 2020 diante do aparecimento da suposta Luana.

Em 2004, um homem que matou 12 crianças e adolescentes em quatro cidades do interior do Rio Grande do Sul foi ouvido pela polícia do Paraná, mas negou no depoimento ser o responsável pelo sequestro de Luana. O tom adotado pelos investigadores nessa possível relação entre os crimes sempre foi de cautela. A expectativa de enfim ter encontrado o acusado não prosperou e a possibilidade, pelo menos nesta linha de investigação, foi enterrada.

A imagem com suposta fisionomia da jovem, que hoje teria 25 anos, continua estampada no site do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas). Qualquer informação pode ser repassada pelo telefone do órgão, que é o (41) 3270-3350 ou pelo e-mail [email protected].