A dificuldade na produção da Coronavac, anunciada pelo Instituto Butantan, não afetará o cronograma de vacinação em Londrina. Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o município conseguiu adotar um planejamento que permite o diagnóstico e a análise do número de pessoas que diariamente têm de ser vacinadas. “Esse é o motivo pelo qual se organiza melhor e consegue garantir a todo cidadão londrinense o acesso à segunda dose de vacina para que a gente possa dar uma resposta melhor ao sistema imunológico da pessoa em conformidade com o que o Instituto Butantan recentemente publicou”, afirmou.

O Secretário Municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado garante acesso à segunda dose da Coronavac em 28 dias.
O Secretário Municipal de Saúde de Londrina, Felippe Machado garante acesso à segunda dose da Coronavac em 28 dias. | Foto: Emerson Dias/N.Com

Segundo ele, a pasta ajustou o protocolo das doses para um intervalo de 28 dias. “Temos aproximadamente quatro dias para a frente a contar desta quarta-feira (12) para aplicação de segundas doses, ou seja, das pessoas que tomaram a primeira dose para completar 28 dias. Depois disso a gente não vai ter mais essa situação. E nesse contexto nós temos a garantia ao cidadão londrinense que iniciou a imunização com a Coronavac vai ter acesso à segunda dose”, apontou.

Questionado se há algum risco da pessoa tomar a segunda dose após os 28 dias de intervalo conforme recomendado pelo Instituto Butantan, ele afirmou que por falta de vacina não há esse perigo. “Entretanto há situações pontuais que podem acontecer, como, por exemplo, se a pessoa contrair coronavírus nesse intervalo. Se pegar no 20º dia depois de ter tomado a primeira dose, ela terá de esperar trinta dias para tomar a segunda dose. Nós registramos pessoas que tomaram a segunda dose em um prazo um pouco maior que 28 dias, mas nenhuma por falta de vacina, o que a gente tem garantido ao cidadão londrinense”, pontuou o secretário.

PARANÀ

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram um novo lote de 1 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde na manhã desta quarta-feira. As doses serão distribuídas aos Estados. A entrega foi a segunda de um total de três que o Butantan deve fazer à pasta da saúde nesta semana; na segunda (10), foram repassados 2 milhões de doses e na próxima sexta (14) será distribuído mais 1,1 milhão de doses.

A partir desta semana, não haverá mais insumos para produzir a Coronavac no País, e o cronograma de entregas de junho pode ficar prejudicado, segundo informou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan na última segunda-feira (10).

A Sesa (Secretaria de Estado de Saúde do Paraná)fez um levantamento junto aos 399 municípios onde foi apontado um déficit de 110 mil doses para completar o esquema vacinal da D2 com a Coronavac. São 202 os municípios que registraram esse déficit.

A Sesa enviou para o Ministério da Saúde um pedido sobre esse quantitativo e fomos atendidos em cerca de 33 mil doses, restando, portanto, aproximadamente 77 mil doses para recompor o esquema vacinal para a D2 da Coronavac.

Os municípios devem seguir a recomendação enviada pelo Ministério da Saúde. O quantitativo enviado para a primeira dose deve ser aplicado para D1, e o quantitativo discriminado para segunda dose, para a D2. Lembrando que quem vacina é o município, sendo ele responsável pela sua operacionalização.

Os intervalos entre doses do esquema vacinal devem ser cumpridos e orientados: Sinovac/Butantan, 25 dias e AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/Comirnaty, 12 semanas

Segundo recomendações do Ministério da Saúde, não sendo possível cumprir o prazo determinado, a população deverá ter igual acesso à segunda dose para complementação do esquema vacinal. Se houver atraso na busca pela segunda dose, não é indicado reiniciar o esquema vacinal. Caso tenha tomado a primeira dose de um fabricante, não poderá tomar a segunda de outro. Isso caracteriza erro de imunização. O Paraná segue as orientações do Plano Nacional de Imunização (PNI). (Colaborou Pedro Marconi com Folhapress).

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