A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina divulgou que o número de casos considerados suspeitos do novo coronavírus na cidade subiu para nove neste final de semana. Três moradores retornaram da Europa e passaram a sentir febre e coriza procuraram os serviços de saúde do município e particulares. Outros dois familiares que não viajaram também estão sendo monitorados.

"Caso graves, não temos nenhum", tranquilizou o secretário de Saúde, Felippe Machado
"Caso graves, não temos nenhum", tranquilizou o secretário de Saúde, Felippe Machado | Foto: Vitor Struck/Grupo Folha

No entanto, conforme o novo balanço divulgado no início da noite desta segunda-feira (9) pela Sesa (Secretaria da Saúde do Estado), Londrina possui cinco casos suspeitos e um descartado. Já o Paraná registra 33 casos suspeitos e 20 já tiveram o diagnóstico para o Covid-19 descartado.

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O novo caso de Londrina que inspira um pouco mais de atenção é o de uma mulher de 39 anos que visitou diversos países da Europa tendo encerrado a viagem pela Alemanha. Ela procurou o atendimento em uma clínica particular e teve que permanecer internada com um desconforto respiratório, além da febre e outros sintomas de gripe.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a mulher já está sendo tratada com Tamiflu e terá uma amostra de secreção nasal enviada ao Lacen nesta terça-feira para a análise inicial. “Os profissionais entenderam que, além de se enquadrar como um caso suspeito, necessitaria de um monitoramento em ambiente hospitalar. Mas a paciente está bem. Está em uma enfermaria e sendo monitorada com protocolo de atendimento com antibióticos”, afirmou o secretário.

Mesmo permanecendo internada, a avaliação da Secretaria Municipal de Saúde é de que não se trata de um caso grave. “Casos graves, não temos nenhum”, reforçou a infectologista pediátrica Simone Garani Narciso.

A Secretaria também monitora três pessoas de uma mesma família cuja filha de 20 anos retornou da Itália, país que anunciou nesta segunda a ampliação para 100% do território a área de quarentena, com queixas respiratórias. Além dela, a mãe de 51 anos e o irmão de oito estão em isolamento domiciliar. Já o último caso dentre os mais recentes é de uma mulher de 34 anos que também retornou da Itália, já teve o exame colhido e também foi orientada a permanecer em isolamento domiciliar.

Questionado sobre os resultados do exame da primeira suspeita de Londrina, uma jovem de 28 anos que procurou o atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e foi encaminhada ao HU (Hospital Universitário) no início do mês, o secretário Felippe Machado afirmou que tudo está correndo dentro do prazo. “O Lacen cumpriu o protocolo e testou para Influenza que deu negativo. Nós divulgamos isso há mais de uma semana e aí o protocolo é encaminhar para o Adolfo Lutz ou Evandro Chagas que são os laboratórios de referência. O prazo estipulado é de 72 horas”, explicou.

No entanto, somente no final da tarde desta segunda-feira, a Sesa divulgou um balanço em que a regional de saúde de Londrina aparecia com um caso dentre os descartados e cinco em análise aguardando o resultado dos testes. A reportagem tentou apurar se o caso descartado corresponde ao da jovem de 28 anos que visitou a capital alemã e retornou ao Brasil no dia 20 de fevereiro.

Curitiba (19), Ponta Grossa (4), Foz do Iguaçu (1), Cascavel (2), Maringá (1) e Santo Antônio do Paraíso (1) completam a lista de regionais de saúde com suspeitas da doença.

A expectativa é que ainda neste mês os testes definitivos para o diagnóstico do coronavírus possa ser realizado no próprio Lacen, que recebeu kits do Ministério da Saúde. O governo federal aumentou para 930 o número de casos suspeitos em todo o País e 25 confirmados.

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