A preocupação generalizada com o coronavírus e a necessidade de recolhimento domiciliar na quarentena criaram o ambiente ideal para um novo golpe. Prometendo um teste contra a doença, golpistas entram nas casas e praticam roubos. A Vigilância Epidemiológica de Londrina alerta todos os moradores que nenhum serviço de saúde está promovendo testagem em pessoas que não apresenta sintomas, muito menos batendo de porta em porta.

Sônia Fernandes, chefe da Vigilância Epidemiológica d Londrina, alerta sobre golpes envolvendo pandemia de coronavírus para assaltos a residências
Sônia Fernandes, chefe da Vigilância Epidemiológica d Londrina, alerta sobre golpes envolvendo pandemia de coronavírus para assaltos a residências | Foto: Vivian Honorato/N.Com

Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, a prefeitura recebeu alertas de hospitais de outras cidades paranaenses e de outros Estados sobre esse tipo de golpe. De acordo com ela, os relatos dão conta de que pessoas se apresentariam como servidores públicos fazendo testes em toda a população para detectar o Covid-19. Ao entrar nas residências, praticam o assalto. “Em um vídeo que recebemos, uma pessoa trajando um macacão impermeável branco tenta entrar em uma casa”, contou.

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Sônia alerta que a orientação das autoridades em saúde é fazer testes contra o coronavírus apenas em quem apresente sintoma. Além disso, ainda não há orientação para atendimentos domiciliares. “Se isso vier a ocorrer, os funcionários estarão uniformizados, com crachás, e chegarão em carros oficiais", diz. Entretanto, essa possibilidade ainda não é aventada. “Nossa preocupação, no momento, é otimizar nossos recursos humanos para prestação de serviços cada vez mais específicos para atender pessoas com sintomas respiratórios”, explicou.

O alerta da administração municipal chega no momento do início da vacinação contra a gripe, cujas doses são aplicadas em casa em casos específicos. Entretanto, Sônia ressalta que a visita é agendada por telefone e será feita por um profissional do posto de saúde conhecido pelo paciente. “Não vamos [servidores] chegar do nada na casa da pessoa e pedir para entrar.”