Queiroga diz estudar custo e efetividade de vacinação anual para Covid
Ministro da Saúde citou o exemplo da imunização contra a gripe, que é anual, mas cobre apenas os grupos mais vulneráveis da população
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Ministro da Saúde citou o exemplo da imunização contra a gripe, que é anual, mas cobre apenas os grupos mais vulneráveis da população
Luciana Coelho – Folhapress
Davos, Suíça - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou que o governo estuda o custo e a efetividade de se vacinar anualmente a população contra a Covid caso a doença se torne endêmica como a influenza.
"Como política pública, temos que analisar uma série de aspectos, inclusive o custo-efetividade, e isso faz parte da legislação" disse Queiroga a jornalistas no encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, ao qual chegou nesta quarta (25) após participar da conferência da OMS (Organização Mundial da Saúde) em Genebra.
Ele citou o exemplo da vacinação contra a gripe, que é anual, mas cobre apenas os grupos mais vulneráveis da população, como crianças de até 5 anos, idosos e pessoas de baixa imunidade.
"Isso como política pública, porque o setor privado também pode aplicar vacinas, e as pessoas podem procurar o setor privado com recomendação de seu médico."
Queiroga, que vem enfatizando o papel do setor privado uma vez que com o fim do estado de emergência sanitária empresas e clínicas ficaram liberadas para comprar e vender imunizastes contra a Covid, não deixou claro se essa é a política a ser adotada para a Covid.
Mas indicou que os preços atuais da vacina inviabilizam a imunização anual universal: "As vacinas têm que baixar o preço". Segundo ele, há conversas com farmacêuticas nesse sentido e também para a compra de antivirais.
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O ministro insistiu que falar em custo-efetividade não significa rejeitar a vacina, mas fazer contas. "Somos a favor [da vacinação]. Mas tem de se racionalizar os recursos, que são finitos."
Indagado sobre a preparação do Brasil para o caso de disseminação da varíola dos macacos, Queiroga afirmou que o ministério monitora os casos, mas sem alarde: "A posição é de observação, não de preocupação".
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