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. | Foto: Divulgação/UEL

Professores da UEL (Universidade Estadual de Londrina), da Unespar (Universidade Estadual do Paraná) de Apucarana e da Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná) em seus campi de Cornélio Procópio, Bandeirantes e Jacarezinho, que fazem parte do Sindiprol/Aduel (Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região) deliberaram, em assembleias durante a tarde desta quarta-feira (19), pelo indicativo de greve com início em 26 de junho.

De acordo com Ronaldo Gaspar, presidente do Sindiprol/Aduel, na manhã do dia 26 serão realizadas assembleias em cada um dos campus para que seja deflagrada a greve. "Caso apareça alguma proposta do governo, será apreciada nessas assembleias. Caso o governo não apresente propostas até esta data ou se a proposta não atender às reivindicações, a greve será deflagrada em seguida", apresentou Gaspar.

Professores já haviam aprovado o estado de greve em assembleias no último dia 31 de maio. Na ocasião, Gaspar explicou que há uma comissão criada em 29 de abril para tratar sobre a reposição dos salários da categoria e de outros sindicatos também. Na época, o presidente do Sindiprol relatou que, em uma das reuniões realizadas entre os servidores e a Sefa (Secretaria da Fazenda), os números apresentados pela secretaria indicavam a não reposição dos salários.

No entanto, os servidores continuaram pressionando para que o reajuste fosse efetuado. Segundo os servidores, os números levantados indicavam a possibilidade da reposição imediata da inflação de 4,94% referente aos últimos 12 meses, e do pagamento da dívida do governo para com a categoria, sem reposição há 3 anos e meio.

Procurado pela reportagem, o diretor-geral da Sefa, Fernades dos Santos, afirmou nesta quarta-feira (19) que o governador Ratinho Júnior teve reuniões com os secretários durante a manhã debatendo sobre os números apresentados. "O governador e o secretário da Fazenda (Renê de Oliveira Garcia Júnior) estão estudando para que o Paraná continue numa situação financeira equilibrada. O momento é muito delicado. O governador está fazendo as ponderações e deve se manifestar a respeito na próxima semana", esclareceu.

"Nós sentamos com os servidores para conferir os números e há algumas divergências entre os números apresentados. De maneira geral nós chegamos aos mesmos números, mas em relação ao gasto com a folha, não houve um consenso. Os servidores projetam um cenário mais positivo da economia, diferente do cenário projetado pela Fazenda, em razão de como está sendo o primeiro semestre de 2019. Especialmente pelas projeções relacionadas ao PIB", ressaltou.

O Assuel (Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina) aprovou na manhã desta quarta-feira (19) paralisação no campus a partir de 1º de julho, caso o governo não aceite o reajuste proposto pela categoria.

O sindicato já estava em estado de greve desde o início do mês. Uma nova assembleia da categoria será realizada no próximo dia 27 para deliberar a paralisação efetiva ou não. Será uma deliberação condicionada: se houver o reajuste, a greve deixa de ocorrer. “Se não houver uma proposta efetiva do Estado com relação à reposição salarial, já está definido que dia 1º haverá greve. Mas isso depende obviamente da assembleia do dia 27”, reforçou Maurício Toledo, assessor jurídico do sindicato.

Os servidores do HU (Hospital Universitário) também realizaram uma assembleia na tarde desta quarta-feira. No entanto, até as 20h49 a reportagem não havia conseguido falar com o presidente do Assuel, Arnaldo Melo, sobre o resultado do encontro. Segundo o sindicato, não há reposição salarial há 40 meses. Os reajustes, que deviam ter sido de 17%, não foram concedidos pelo governo estadual. Enquanto isso, o governo irá analisar uma reposição do índice de inflação relativo ao ano passado: 4,9%. De acordo com o sindicato, o governo deu prazo para que a proposta seja apreciada pela Sefa (Secretaria Estadual de Fazenda) até o dia 29.

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O Sinteemar (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá e Região), que representa os servidores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e o Sesduem, que representa os docentes da universidade, vão deliberar pela greve no dia 26. Ela começará no mesmo dia caso o governo não sinalize a reposição da data-base.

O Sintespo (Sindicato dos Técnicos e Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa) deve iniciar a greve no dia 25. Já os servidores da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) devem iniciar a paralisação no dia 26. O Sintesu (Sindicato dos Docentes e Agentes Universitários) da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) deve iniciar a paralisação no dia 27.

O SindiSeab (Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente), que contempla, por exemplo, o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), decidiu pela greve a partir de 25 de junho.

Já o SindSaúde (Sindicato dos Servidores da Saúde do Paraná) que contempla servidores de hospitais estaduais como o Hospital da Zona Norte e da Zona Sul deliberará sobre a entrada da greve ou não no dia 29.

O Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná) fará uma assembleia na sexta-feira (21), e, caso não exita mudança na visão do governo estadual, iniciará a greve no dia 25. Já o Sindijus (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná) não vai paralisar as atividades.

Policiais que compareceram à sede do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região) também aprovaram por unanimidade o indicativo de greve a partir do dia 25 de junho. A categoria optou por aderir ao movimento de paralisação aprovado por professores da rede estadual de ensino no último final de semana. Nos próximos dias, policiais civis que trabalham em outras cidades, como Cornélio Procópio, Apucarana e Jacarezinho, também decidirão sobre a possível interrupção das atividades a partir da semana que vem.

(Colaborou Rafael Machado)