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. | Foto: Isabela Fleischmann/Grupo Folha

O Assuel (Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina) aprovou na manhã desta quarta-feira (19) paralisação no campus a partir de 1º de julho, caso o governo não aceite o reajuste proposto pela categoria.

O sindicato já estava em estado de greve desde o início do mês. Uma nova assembleia da categoria será realizada no próximo dia 27 para deliberar a paralisação efetiva ou não. Será uma deliberação condicionada: se houver o reajuste, a greve deixa de ocorrer. “Se não houver uma proposta efetiva do Estado com relação à reposição salarial, já está definido que dia 1º haverá greve. Mas isso depende obviamente da assembleia do dia 27”, explica Maurício Toledo, assessor jurídico do sindicato.

Os servidores do HU (Hospital Universitário) também participam de uma assembleia na tarde desta quarta-feira e podem aderir à greve. Segundo o sindicato, não há reposição salarial há 40 meses. Os reajustes, que deviam ter sido de 17%, não foram concedidos pelo governo estadual. Enquanto isso, o governo irá analisar uma reposição do índice de inflação relativo ao ano passado: 4,9%. De acordo com o sindicato, o governo deu prazo para que a proposta seja apreciada pela Sefa (Secretaria Estadual de Fazenda) até o dia 29.

“Como o Estado não sinalizou com nada, não temos a ilusão de que ele sinalizará 17% da reposição integral. Esperamos pelo menos a reposição relativa ao último período da data-base”, ressalta Toledo.

O presidente da Assuel, Arnaldo Melo, explica que a decisão da assembleia no dia 27 se deu por conta do feriado do padroeiro de Londrina no dia 28. “O governo pediu prazo até o dia 29. Como dia 28 é feriado e dia 29 é sábado, a gente aguarda até o dia 27 para fazer a assembleia e delibera pela greve no primeiro dia de julho caso a resposta do governo seja negativa.”

O Sindiprol/Aduel, sindicato que representa os professores da UEL e de outras universidades da região, realizam assembleia nesta tarde para definir a paralisação.

CATEGORIAS DELIBERAM GREVE EM DIAS DISTINTOS

O Sinteemar (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá e Região), que representa os servidores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e o Sesduem, que representa os docentes da universidade, vão deliberar pela greve no dia 26. Ela começará no mesmo dia caso o governo não sinalize a reposição da data-base.

O Sintespo (Sindicato dos Técnicos e Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa) deve iniciar a greve no dia 25. Já os servidores da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) devem iniciar a paralisação no dia 26. O Sintesu (Sindicato dos Docentes e Agentes Universitários) da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) deve iniciar a greve no dia 27.

O SindiSeab (Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente), que contempla, por exemplo, o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), decidiu por greve a partir do dia 25.

Já o SindSaúde (Sindicato dos Servidores da Saúde do Paraná) que contempla servidores de hospitais estaduais como o Hospital da Zona Norte e da Zona Sul deliberará sobre a entrada da greve ou não no dia 29.

O Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná) fará uma assembleia na sexta-feira (21), e, caso não exita mudança na visão do governo estadual, iniciará a greve no dia 25. Já o Sindijus (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná) não fará greve.

(Atualizada às 14h51)