A 17ª Regional de Saúde recebeu na tarde de domingo (1) um novo lote de vacinas contra a Covid-19 para atender a população adulta de seus 21 municípios. Segundo a diretora da regional, Maria Lúcia Lopes, a remessa enviada pela Sesa (Secretaria de Saúde do Estado) contempla um total de 26.011 doses, sendo 15.846 da Pfizer, 1.405 da AstraZeneca e 8.760 da CoronaVac.

A assessoria de imprensa da Sesa informou que para Londrina foram disponibilizadas 9.030 da Pfizer, 800 da Astrazeneca e dois lotes da CoronaVac que totalizam 4.990.

Imagem ilustrativa da imagem PR recebe mais 300 mil doses de vacina contra a Covid-19; novo lote chegou a Londrina neste domingo
| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

As vacinas CoronaVac e Pfizer que chegaram no domingo fazem parte de uma remessa enviada pelo Ministério da Saúde para a Sesa, totalizando 329.380 doses de imunizante das duas marcas.

No último sábado (1), o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, visitou a FOLHA, como parte de um trabalho para divulgar a campanha de vacinação contra a Covid-19. O secretário está preocupado com aqueles que deixaram de tomar a segunda dose no tempo correto.

"A segunda dose é a consolidação do esquema vacinal completo e, como consequência, a imunidade do cidadão fica mais garantida", explicou. "Também estou incentivando aqueles que não acreditam nessa vacina, que mudem a sua postura. Porque nesse momento nós precisamos vacinar", insistiu.

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto
O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto | Foto: Gustavo Carneiro

Até setembro, o governo do Paraná espera vacinar 100 por cento da população com 18 anos ou mais com pelo menos a primeira dose de um imunizante contra a Covid-19. Com a meta alcançada, o Paraná deve começar a vacinar em outubro os adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. Os protocolos para atender essa faixa etária estão começando a ser elaborados, mas Beto Preto adiantou que inicialmente serão usadas doses da Pfizer.

Apesar do avanço do esquema de vacinação, Beto Preto lembrou que a pandemia não acabou e que mesmo com o decreto estadual (8.178/2021) publicado na sexta-feira (30), flexibilizando algumas medidas de restrição contra o coronavírus, a população precisa continuar seguindo as orientações de evitar aglomeração, usar a máscara de proteção e não descuidar da higiene das mãos.

O novo decreto reduz a circulação de pessoas em espaços e vias públicas, permite o funcionamento dos shoppings em horários estendidos e libera o funcionamento dos cinemas, mas com número de público reduzido, entre outras medidas.

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Igrejas

Na sexta-feira, a Sesa (Secretaria de Saúde do Paraná) publicou a resolução 705/2021 com novas orientações sobre o funcionamento de igrejas e templos religiosos. A principal delas é o aumento de 35% para 50% da capacidade de público presencial, preservando na íntegra as medidas de distanciamento. Crianças ainda não poderão comparecer às missas e cultos.

Variante delta

"A pandemia não acabou. Continuamos com casos graves internados. Mesmo caindo a ocupação, continuamos com muitos paranaenses internados em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Por isso, a importância de tomar a segunda dose e garantir o esquema vacinal completo. Mesmo quem não acredita, vá lá e tome também. Porque o esquema vacinal com as quatro vacinas propostas no Brasil dá certo e protege, inclusive, para a variante delta", afirmou.

Beto Preto lembrou que a variante delta é uma grande preocupação em todo o mundo e que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ela deverá ser a mais predominante em todos os países no segundo semestre de 2021.

Hoje, segundo ele, o Paraná tem 24 cepas circulantes, incluindo a delta. Mas a de maior prevalência é P1, ou gama.

O decreto que flexibiliza as medidas de restrição será reavaliado em 15 de agosto. Por isso a importância da população manter os cuidados. "Todos as dificuldades foram colocadas à mostra nessa pandemia. Nós tínhamos 1.200 leitos de UTI adulto no Paraná para atender infarto, trauma, infecção generalizada, derrame. Tivemos que abrir mais dois mil". Parte do custo dessa ampliação foi arcada pelo governo federal e parte pelo estado. "O governador (Ratinho Junior) sempre teve toda a sensibilidade para não deixar faltar leito, pediu que a gente fosse atrás de abrir leitos e tudo isso aconteceu mesmo pela orientação dele."

Pandemia continua

O secretário de Saúde do Paraná diz que as pessoas podem começar a se alegrar com as melhoras nos indicadores da Covid-19 no estado, mas que a população não pode perder o foco. "A máscara veio para permanecer por um período. Não tem jeito. Nosso trabalho continua, nossas orientações continuam", afirmou.

"Nós agradecemos muito a imprensa do Paraná, vocês da FOLHA, por levarem informações verdadeiras para as pessoas, mas não devemos perder nunca de foco também que nós já tivemos muitos óbitos no Paraná, no Brasil, no mundo inteiro. Então, em respeito a essas pessoas que perderam a vida, em respeito a seus familiares, o combate, o enfrentamento tem que continuar a ser executado com bastante foco. Foco nesse momento é vacinar. É a única arma eficiente que nós temos", ressaltou o secretário.

Pós-Covid

O foco é na vacinação e prevenção, mas a Sesa está estudando como disponibilizar novos serviços da população ao tratamento de transtornos mentais que estão surgindo e se multiplicarão no futuro. "Precisamos criar acesso das pessoas para a saúde mental", afirmou. "Nós estamos discutindo com o Ministério (da Saúde) a reformulação de saúde mental estadual. Nesse momento, eu como médico, ex-prefeito, ex-secretário de saúde municipal entendo que nós precisamos criar mais condições e abrir as portas tanto na atenção primária quanto na especializada para o entendimento das doenças relacionadas à saúde mental . Nessa saída de uma pandemia, com o quantitativo de óbito que nós tivemos, o medo se instalou", justificou.

Entre as estratégias para atendimento do paciente pós-Covid há o credenciamento de novas equipes multidisciplinares por parte do Ministério da Saúde nos municípios e criação de ambulatórios de psiquiatria e psicologia dentro dos consórcios de saúde.

A Sesa também está distribuindo 1.211 automóveis para o programa saúde da família para ajudar no atendimento das pessoas que se recuperam da Covid-19 e precisam de reabilitação ou outros cuidados.

Atualizada às 16 horas de 01/08/2021