A Polícia Civil informou nesta terça-feira (24) que o inquérito policial que investigava o caso de estupro de moradoras em situação de rua, em Londrina, foi concluído e que o Policial Militar acusado dos crimes foi indiciado por duplo estupro e uma importunação sexual. O procedimento, que é conduzido pelo delegado Willian Douglas Soares, que cobre férias na Delegacia da Mulher, foi encaminhado ao Judiciário.

O homem foi preso na semana passada no apartamento dele após ampla coleta de material constitutivo do suposto delito e do depoimento das vítimas e testemunhas. Imagens de câmeras de segurança mostram o policial militar fardado estacionando seu carro particular em frente a uma casa abandona na rua Belém, no centro. O local serve de abrigo para moradores de rua e usuários de droga.

De acordo com as investigações, o último crime de estupro teria ocorrido num domingo, dia 15 de janeiro. Os outros casos de estupro e importunação sexual teriam ocorrido nos dias 30 e 31 de dezembro de 2022. O soldado estava lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar desde o final do ano passado, tendo servido anteriormente no 30º BPM e teria cometido os crimes após o expediente.

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O boletim de ocorrência do caso de uma das vítimas traz detalhes sobre o crime sexual, assim como indica supostas ameaças verbais, agressão física e intimidação com arma de fogo.

O advogado do PM, Eduardo Zanoncini Mileo, não retornou sobre o pedido de avaliação do indiciamento nem sobre o caminho da defesa. Já o advogado Mauro Martins, que atende as vítimas, disse esperar que a denúncia seja acatada pela Justiça. Ele informou que entrará com uma ação contra o Estado para pedir indenização para as vítimas pelo dano moral e dano psicológico sofrido.

Preso em Piraquara (Região Metropolitana de Curitiba), o soldado deverá responder por um processo administrativo que pode culminar na sua demissão da corporação.

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