Um policial militar na ativa desde 2013 foi preso no início da tarde desta quarta-feira (18), em Londrina, sob suspeita de estupro. O caso é conduzido pela Delegacia da Mulher e, de acordo com o delegado William Douglas Soares, que cobre férias da titular, a prisão foi realizada no apartamento do policial após ampla coleta de material constitutivo do delito e da oitiva das vítimas e testemunhas.

Durante coletiva de imprensa na 10ª Subdivisão Policial de Londrina, também estiveram presentes o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Amarantino Ribeiro, e o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Nelson Villa.

De acordo com as investigações, no último domingo (15), uma mulher em situação de rua que vive em um mocó na rua Belém, na área cental, foi estuprada pelo agente, que teria praticado a ação criminosa fardado, após sua jornada de trabalho - encerrada às 6 horas da manhã. Diante das informações iniciais, outras duas vítimas que vivem no mesmo local foram ouvidas: uma relata estupro e a outra, importunação sexual. Os outros casos teriam ocorrido nos dias 30 e 31 de dezembro de 2022.

O soldado estava lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar há 20 dias, tendo servido anteriormente 30º BPM. Villa expôs a gravidade da situação e que nada havia sobre o acusado que apontasse qualquer desvio de conduta em sua vida pregressa e que maculasse a sua reputação. "Estive na expedição do mandado de prisão e esse crime hediondo cometido por uma autoridade deverá ser tratado com todo o rigor que a lei determina para demonstrar que a Polícia Militar não é conivente com comportamentos irregulares", declarou.

O tenente-coronel destacou o papel pedagógico e de transparência que casos assim devem receber até mesmo para manter a sociedade confiante no trabalho dos agentes de segurança. O material colhido no inquérito, aponta, traz depoimentos contundentes e outros elementos corroboram para o pedido da prisão preventiva. "Independentemente do inquérito policial, há processo interno em andamento", afirmou Villa.

O soldado procurou atendimento médico psicológico no início desta semana e arma dele foi devolvida por sua esposa. Vítimas e testemunhas, segundo as autoridades, foram precisas nas informações sobre o comportamento do militar, as características físicas e também sobre o veículo particular usado pelo PM. O boletim de ocorrência de uma das vítimas traz detalhes sobre o crime sexual, assim como as ameaças verbais, agressão física e intimidação com arma de fogo. Conduzido à delegacia, o acusado não foi acompanhado por uma advogado, se manteve em silêncio e foi levado preso ao 5º Batalhão.

Villa ratificou que a moralidade e a legalidade norteiam o trabalho da PM e destacou também a transparência dada à investigação que culminou na prisão de um soldado da PM lotado no 30º Batalhão por tráfico de drogas, fato divulgado na última sexta-feira (13). O flagrante se deu no Jardim Barcelona (zona norte). O policial responderá por tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Ele integrava a equipe da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), atuava havia 13 anos na corporação e seus vencimentos chegam a R$ 6 mil. O servidor está preso no 29º Batalhão da PM, em Piraquara.

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