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Policiais militares protestam contra reposição salarial de 3% em ato no calçadão

Percentual foi aprovado pelos deputados estaduais e aguarda apenas sanção do governador Ratinho Jr.

ATUALIZAÇÃO
17 de dezembro de 2021

Rafael Machado - Grupo Folha
AUTOR

Com cartazes e camisetas pretas, policiais militares protestaram na manhã desta sexta-feira (17) no Calçadão de Londrina contra a reposição salarial de 3% para os funcionários públicos estaduais. A proposta foi apresentada pelo governador Ratinho Jr. (PSD) no final de novembro e aprovada nesta semana pela Assembleia Legislativa, aguardando apenas a sanção do Executivo. 

Convocado pela Aapomil (Associação de Apoio aos Policiais Militares de Londrina e Região), o ato reuniu cerca de 400 agentes no centro da cidade e aconteceu ao mesmo tempo em outras 15 cidades paranaenses. "Nós queremos uma melhoria nos salários. Estamos há seis anos sem um reajuste correto. A defasagem chega a 35%. Sem sombra de dúvida, a PM tem o pior salário entre os profissionais de segurança pública do Paraná", declarou Raul Babugia, um dos organizadores da manifestação. 

 

Acompanhados de familiares, os policiais trouxeram uma lista de reivindicações. Uma das principais é a regulamentação na jornada de trabalho. Entidades que representam a categoria afirmam que alguns PMs chegam a cumprir até 80 horas semanais. "E isso sem nenhum tipo de banco ou pagamento de hora extra. É desumano. Tem acarretado problemas físicos e psicológicos. Estamos doentes", afirmou. 

Segundo Babugia, a intenção do protesto é sensibilizar o governo estadual a iniciar uma rodada de negociações. "As propostas apresentadas até o momento não agradaram. Queremos resolver esse problema para que a população tenha uma boa prestação de serviço público. O policial já sofre pressão de todos os lados. Sem um salário digno, muitos de nós estão cometendo suicídios", explicou. Procurada, a Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) ainda não se manifestou sobre a mobilização. 

 

Como foi o debate na Alep

Durante a discussão na Assembleia, o deputado Professor Lemos (PT), líder da oposição, apresentou uma emenda aumentando o valor da reposição de 3% para 6,39%. Para o parlamentar, "é o percentual correto". A indicação, no entanto, foi rejeitada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). 

O presidente do órgão, deputado Nelson Justus (DEM), descreveu que a sugestão "não pode aumentar despesas já previstas no projeto de lei". O único a concordar dos 13 integrantes da CCJ a concordar com a emenda na comissão foi Tadeu Veneri (PT). 

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