As polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF) prenderam na última terça-feira (27) dois homens suspeitos de envolvimento na morte do empresário Juarez Manys, 51 anos, encontrado em uma represa de São Jerônimo da Serra (92 km de Londrina) no dia 17 de outubro. Ele morava em Ventania, nos Campos Gerais, e desapareceu uma semana antes. O laudo de necropsia feito pelo IML (Instituto Médico Legal) confirmou que o comerciante foi bastante agredido na cabeça.

A dupla foi detida em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. Segundo o delegado de Tibagi, William Alves de Lima, responsável pelo caso, um dos detidos teria recebido um empréstimo da vítima. "No início das investigações, eles foram ouvidos, mas fugiram logo em seguida. Isso aumentou ainda mais a nossa desconfiança", disse.

Os suspeitos são tio e sobrinho. De acordo com a polícia, eles mentiram durante os depoimentos. "Conseguimos apurar várias divergências confrontando com as provas que já tínhamos", comentou Lima. Agora presos, a expectativa é que os dois esclareçam o que realmente aconteceu com o empresário. "Não sabemos se são responsáveis pela execução em si. O inquérito prossegue", relatou.

Sem revelar detalhes da apuração, que corre em sigilo, o delegado garantiu que à FOLHA que possui imagens, documentos e outros tipos de provas. "Por exemplo, usaram o celular do Juarez. Gravações mostram também que ele também teve a liberdade restrita quando sacou dinheiro em uma agência bancária", argumentou.

Os mandados de prisão temporária foram emitidos pela Justiça de Tibagi, mas a Polícia Civil adiantou que deve pedir na semana que vem a decretação das preventivas. A investigação é apoiada por policiais civis de São Jerônimo da Serra e Assaí.