Polícia acredita que empresário morto no Norte Pioneiro tenha sido extorquido

A Polícia Civil de Tibagi, nos Campos Gerais, diz que a investigação da morte do empresário Juarez Manys, 51 anos, encontrado morto no último sábado (17) em uma represa de São Jerônimo da Serra (cerca de 92 km de Londrina), está bem avançada. O delegado William Alves de Lima informou à FOLHA que já identificou alguns suspeitos, mas não quis revelar detalhes para não atrapalhar a apuração.

Juarez morava em Ventania e estava desaparecido há uma semana. Muito conhecido na cidade de pouco mais de 11 mil habitantes, era dono de uma pizzaria e também trabalhava transportando pessoas entre os municípios vizinhos. "Ele tinha lesões na cabeça, mas não sei se foram provocadas por tiros ou até alguma arma branca", declarou o delegado, que ainda não recebeu o exame de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina.

É este exame que vai apontar a causa da morte. William Lima não descarta um latrocínio, que é o roubo seguido de morte, até porque o carro da vítima, um Voyage preto, ainda não foi localizado. Porém, a polícia também segue outra linha de investigação. "Não excluo que o Juarez tenha sido extorquido. No dia 10, sábado à noite, horário em que estava incomunicável, ele sacou cerca de mil reais. Possivelmente nesse período já tinha sido pego pelos criminosos", comentou.

Antes disso, Juarez tinha ido para Curiúva e mais tarde seguiria para São Paulo, provavelmente no início da noite. De acordo com a polícia, esta viagem estava programada. O empresário não teria desavenças com ninguém. "Era uma pessoa tranquila, bem vista na sociedade de Ventania. Não trabalho com essa hipótese", completou Lima. Além de investigadores de Tibagi, policiais civis de São Jerônimo da Serra e Assaí apoiam as diligências.