A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (27) um rapaz suspeito de envolvimento na tentativa de homicídio contra Juliana Aparecida de Almeida, 32 anos, jogada em um poço de três metros de profundidade em um mocó da Rua Chile, na Vila Brasil, perto da unidade da Copel (Companhia Paranaense de Energia). A Guarda Municipal foi avisada por um andarilho que a vítima estava no buraco. Os guardas acionaram então o Corpo de Bombeiros, que resgatou a jovem.

Espaço abandonado na Vila Brasil onde Juliana quase foi assassinada
Espaço abandonado na Vila Brasil onde Juliana quase foi assassinada | Foto: Rafael Machado/Grupo Folha

Após ser brutalmente espancada, Juliana foi encontrada pelos bombeiros no dia 15 de julho. Ficou 12 horas no poço, convivendo com a promessa de que seria executada em pouco tempo. A Delegacia de Homicídios descobriu que seis pessoas planejaram o crime. Cinco já estão na cadeia, incluindo o detido na operação desta sexta. "Ele ajudou a agredir a vítima e trabalhava para o traficante da região, apontado como o mandante da tentativa de assassinato", informou o delegado João Reis.

Com o objetivo de cumprir o mandado de prisão expedido pela Justiça, investigadores vistoriaram endereços onde o suspeito poderia estar no Conjunto Vista Bela, zona norte, e também na Avenida Duque de Caxias, mas ele não foi encontrado. No entanto, a polícia apreendeu provas importantes para o inquérito, como supostas anotações do tráfico de drogas. O criminoso e o comparsa preso nesta sexta são suspeitos da morte de Marcelo Pistori Rabelo, 49 anos, executado a tiros na porta de casa em janeiro de 2020. O assassinato aconteceu na Rua Oswaldo Cruz, na Vila Casoni.

A polícia já sabe que Juliana quase foi morta por engano. Ela foi confundida com outra mulher, que tinha uma dívida com o traficante. Mesmo depois do erro ter sido desfeito, o criminoso manteve a ideia de matá-la. Segundo o delegado, a jovem é usuária de entorpecentes. "As quatro pessoas que foram presas negaram qualquer envolvimento, mas temos indícios que provam o contrário", ressaltou Reis.