O Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) encerrou nesta terça-feira (24) a investigação sobre o Capitu Bar, na Rua Moçambique, na Vila Recreio, e entendeu que a proprietária usava o estabelecimento para prostituição. O inquérito já foi encaminhado para o Ministério Público oferecer ou não a denúncia. A mulher chegou a ser presa, mas foi solta no último final de semana após audiência de custódia.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia conclui inquérito e afirma que bar era usado como ponto de prostituição
| Foto: Pedro Marconi/Grupo Folha

Segundo o delegado Ernandes Cezar Alves, interino da delegacia especializada, a dona do bar foi indiciada por favorecimento à prostituição e manter local em que ocorra exploração sexual. A Polícia Civil teve esse entendimento após reunir várias provas e ouvir uma jovem que fazia programas no bar "para sua manutenção financeira", como descreveram investigadores em um relatório que consta no processo e que a FOLHA teve acesso.

O Nucria comandou a investigação porque quatro crianças foram encontradas no bar, todas netas da comerciante. Elas foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e disseram a um assistente social que não foram mal tratadas ou expostas aos supostos programas. Segundo a defesa da suspeita, os menores já estão na casa de outros familiares. Apesar de solta, a mulher tem que ficar em casa durante a noite e nos dias de folga, comparecer todo mês no Fórum e não sair da cidade sem autorização judicial.

Além da moça que ofereceria serviços sexuais, o delegado confirmou que ouviu as crianaçs e os policiais envolvidos na operação. O advogado que representa a dona do Capitu Bar, Bruno Bueno, informou que não poderia se pronunciar neste momento porque ainda não teve acesso ao inquérito. Porém, negou os apontamentos feitos pela polícia.