O cabo Reginaldo da Silva foi localizado na manhã desta quinta-feira (26) numa área de mata no conjunto Eucaliptos, na zona leste de Londrina. Ele estava com as mãos e os pés amarrados, com o corpo preso em uma árvore e apresentava sinais de violência, mas sem nenhum ferimento grave ou perfurações. O policial militar estava desaparecido desde a madrugada de quarta-feira (25).

“Um cidadão que passava por aqui, ouviu barulhos e chamou mais pessoas para poder verificar, nos acionando por meio do 190. Ele estava fisicamente íntegro, mas em estado de choque. Somente se queixava de uma dor no braço esquerdo. Estava amarrado nas pernas com uma fita e nas mãos com arame”, afirmou o tenente-coronel Marcos Tordoro, responsável pelo 30º Batalhão. O PM foi atendido pelo Siate, levado na sequência para a Santa Casa e já recebeu alta.

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O carro do policial havia sido encontrado abandonado numa estrada rural próxima da mata, na região da estrada das Três Figueiras, que liga a zona norte a Ibiporã. A Saveiro tinha marcas de tiros nos vidros e sangue no lado do motorista. O material foi recolhido para perícia pela Polícia Científica. O celular do PM estava no veículo, além dos documentos. O policial atuou em Londrina, na época em que 4ª Companhia Independente, mas atualmente trabalhava no 18º Batalhão, que tem sede em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro.

Segundo a Polícia Militar, Reginaldo teria relatado antes de desaparecer que viria para Londrina vender o carro. “Na data de 24 para 25, o cabo Reginaldo teria ido num churrasco junto com a namorada. Ao final acabaram se desentendendo e, com isso, ele acabou deslocando para Londrina, avisando familiares que iria vender o veículo, isso por volta das 4h, e daria início a uma vida nova”, detalhou o tenente-coronel Jeferson Agenor Busnello, comandante do 18º Batalhão.

INVESTIGAÇÃO

O tenente-coronel Tordoro afirmou que o policial não tinha condições de contar o que teria acontecido, o que será apurado pela Polícia Civil. “No momento temos que conversar com o policial e entender o que aconteceu. É esperar que tenha condições de falar. Todas as possibilidades foram aventadas e serão verificadas. Não descartamos nenhuma: roubo, tentativa de roubo.”

Durante toda a quarta-feira e na madrugada de quinta foram feitas diversas operações de busca do cabo da Polícia Militar, inclusive, com a utilização de drone, helicóptero e cães farejadores. “Desde quarta nossas equipes estão coletando imagens das vias por onde o carro passou e imagens das cidades vizinhas”, informou o comandante do 30º Batalhão. Reginaldo da Silva faz parte da corporação há 17 anos.

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