A Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira (19) uma operação contra uma organização criminosa que usava funcionários e prestadores de serviço do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para enviar drogas a outros países.

A organização criminosa é acusada de usar funcionários e prestadores de serviço do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para enviar drogas a outros países.
A organização criminosa é acusada de usar funcionários e prestadores de serviço do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para enviar drogas a outros países. | Foto: Leonid Andronov/Istock

Ao todo são 23 mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão que acontecem nos municípios de São Paulo, Sorocaba, Guarulhos e Praia Grande. Também estão sendo feitas buscas em Portugal, determinado pelo Poder Judiciário.

Segundo a polícia, os criminosos agiam cooptando funcionários e prestadores de serviços de aeroportos para que eles introduzissem carregamentos de cocaína no interior de aeronaves comerciais que realizavam voos regulares. Esses voos partiam do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A operação também mira a apreensão de bens imóveis e veículos ligados aos crimes, bem como de todos os valores depositados em contas bancárias e aplicações financeiras em nome dos investigados. Esses recursos chegam a aproximadamente R$ 53 milhões, segundo a PF.

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A operação teve início em 2021 e foi batizada de Bulk, nome que faz alusão a um dos compartimentos de carga de aeronaves comerciais de longo curso (bulk cargo). Desde então, já foram apreendidos 887,5 kg de cocaína em nove eventos, três em Guarulhos, dois em Lisboa, um em Frankfurt e três em Amsterdã.

De acordo com a PF, os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de 10 a 25 anos de reclusão.

A reportagem entrou em contato nesta manhã com a Gru Airport e a administradora do Aeroporto de Guarulhos informou que a operação ainda está em andamento, então as informações seriam fornecidas somente pela própria Polícia Federal. E pelo que foi informado pela PF os envolvidos são funcionários terceirizados, ainda não identificados.

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