O governo do Paraná chegou a assinar um contrato para aquisição de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. O relacionamento entre o Instituto Gamaleya teve início em julho de 2020 e o primeiro acordo entre as duas partes foi em agosto do mesmo ano, para que o imunizante fosse produzido no Tecpar (Instituto Tecnológico do Paraná). Na época ficou acordado que o Gamaleya entregaria a documentação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro, e que em outubro teria início a fase 3 de testes com voluntários paranaenses.

No entanto, no dia 20 de novembro do ano passado, depois de representantes russos terem visitado a Tecpar, foi constatado que a instituição paranaense precisaria de investimentos para operar tamanha empreitada. A estimativa de custo estava em torno de R$ 1,2 bilhão. Diante disso, o fundo russo divulgou um comunicado na época indicando que estava avaliando qual a função de cada parceiro. Após isso, nada mais aconteceu no sentido de formalizar o desenvolvimento da vacina por aqui.

Deputados estaduais, deputados federais e prefeitos do Paraná tentaram articular junto ao Consórcio Paraná Saúde a compra de doses da vacina Sputnik V para o estado, diretamente pelo RDIF (Fundo de Investimento Direto da Rússia). Logo em seguida, no dia 29 de março deste ano, o governo do Paraná anunciou que tem contrato assinado com o Instituto Gamaleya para a aquisição de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. A divulgação foi feita durante reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná.

As doses seriam importadas pelo Tecpar (Instituto Tecnológico do Paraná) tão logo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizasse o uso da vacina russa em solo nacional, o que agora não ocorreu. A Tecpar respondeu apenas que o Paraná segue as orientações do PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde, e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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