A Justiça decidiu decretar nesta terça-feira (7) a prisão preventiva do açougueiro Alan Borges, 39 anos, que confessou o assassinato a facadas a ex-esposa, Sandra Mara Curti. O crime aconteceu na casa onde a vítima morava com os dois filhos do casal, na zona leste de Londrina. Ela morreu horas depois na Santa Casa. A decisão de manter o acusado preso saiu durante audiência de custódia.

Imagem ilustrativa da imagem Para promotor, açougueiro planejou matar ex-esposa em Londrina
| Foto: Arquivo FOLHA

O promotor Rodney Cessel, representante do Ministério Público, foi enfático ao dizer que o feminicídio foi planejado. "Primeiro que tem ele inúmeros antecedentes criminais, inclusive de violência contra a mulher. Se fosse estreante no mundo do crime, o que não é, teria estreado por um dos delitos mais graves. Foi um assassinato premeditado. Ele (Borges) saiu do trabalho seguramente com a intenção de matar a mulher", pontuou.

Ao analisar a lista de passagens policiais do açougueiro, Cessel observou que "os benefícios concedidos pela Justiça não foram suficientes para desestimular o autuado. Parece que só serviram para criar uma sensação de impunidade, que infelizmente culminou no crime cometido", completou.

Em interrogatório prestado na delegacia momentos após ser detido, Borges negou ter criado um plano para tirar a vida de Sandra. "Saí do serviço para pagar algumas contas em uma lotérica e passei na frente da casa, quando vi o meu menino na frente. Fui entrar para conversar com ele e ela (vítima) já veio me agredindo. Não reparei que tinha saído com a faca. Cheguei lá e deu no que deu", explicou.

De acordo com o juiz Katsujo Nakadomari, titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Alan Borges deverá ser transferido para a Casa de Custódia de Londrina (CCL) daqui a 15 dias. Ele foi autuado por feminicídio e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. O homem ainda não constituiu defesa no processo.