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Padre é condenado a 7 anos por abuso sexual

ATUALIZAÇÃO
31 de dezembro de 1969

Agência Estado
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Atibaia, SP- O padre Paulo de Souza Dias foi condenado ontem a sete anos de prisão em regime fechado, pela Justiça de Atibaia, a 56 quilômetros de São Paulo. O padre foi acusado de abusar sexualmente de um adolescente de 17 anos na casa paroquial de Atibaia, na madrugada de 12 de novembro de 2000. O padre Paulo, que está em liberdade, trabalha em uma paróquia na cidade de Mairiporã. A sentença será publicada amanhã.
A condenação dividiu a opinião publica em Atibaia. Padre Paulo, como era chamado pelos fiéis, foi por quase dez anos pároco da igreja mais tradicional da cidade, a Igreja da Matriz de São João Batista, e ficou conhecido por polêmicas como a campanha contra um projeto da Câmara Municipal que dava o nome da atriz Dercy Gonçalves ao coreto em frente à igreja. O padre, filiado ao PT, cogitou disputar a prefeitura da cidade em 2000.
Na época do crime um adolescente de 17 anos que morou por um mês na casa paroquial disse à polícia que havia sofrido abuso sexual. O jovem contou que dormia em seu quarto quando o padre entrou e o forçou a manter relação sexual mediante ameaça. A perícia confirmou a presença de sêmen do padre no corpo do adolescente.
A sentença impede o recurso em liberdade. A advogada de defesa, Heloísa de Castro Valente, disse que vai recorrer da sentença e alega que o padre foi vítima de uma armação política.
A reportagem não conseguiu fazer contato com o bispo da diocese de Bragança Paulista (a qual o padre estava subordinado na época), Dom Bruno Gamberini, para comentar a condenação.

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