A direção da Sanepar se manifestou após a declaração dada à FOLHA pelo secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, sobre um possível rompimento do contrato assinado em 2016. Apesar de ser considerada uma possibilidade extrema, a medida passou a ser pensada por causa da lentidão do tapa-buracos.

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O serviço é realizado pela Esac, terceirizada da Sanepar. O cronograma atrasou bastante depois do protesto de empreiteiros contratados de forma "quarteirizada" pela empresa. Canhada chegou a afirmar que esse tipo de contratação estaria proibida pelo acordo com a companhia de saneamento.

De acordo com o gerente geral da Sanepar na região nordeste do Paraná, Antônio Gil Gameiro, a companhia não planeja rescindir o contrato com a prefeitura. "Tivemos problema com a fornecedora. Reconhecemos isso, mas estamos trabalhando para melhorar", explicou.

Gameiro minimizou as 50 notificações emitidas pela administração municipal por conta da demora em tapar os buracos. "São autuações feitas em quatro, cinco meses em uma gama de mil intervenções viárias. O secretário tem todo o direito de externar sua opinião. Temos conversado com a prefeitura desde o final do ano passado. Pode ter certeza que vamos superar esse obstáculo", pontuou.

O gerente argumentou que as obras de infraestrutura na cidade, que representam um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões, podem ser confundidas com os consertos. "É preciso diferenciar uma coisa da outra".

PROTESTOS CONTRA A ESAC

Sobre as manifestações dos empreiteiros pela falta de pagamentos da Esac, Gil Gameiro assegurou que não recebeu "nenhuma formalização de que o serviço estava sendo quarteirizado. Abrimos um processo administrativo para investigar o caso", afirmou.

Pelo contrato com a Sanepar, a Esac é autorizada a contratar outra empresa para serviços específicos, como a locação de equipamentos. "Estamos em dia com as nossas obrigações. Conforme eles executam, nós pagamos", concluiu.

O acordo entre a Sanepar e o município de Londrina vigente foi renovado por mais 30 anos em maio de 2016, último ano da gestão do ex-prefeito Alexandre Kireeff, hoje sem partido. Entre as exigências, figuram o investimento de R$ 1,6 bilhão em infraestrutura e o repasse de R$ 228 milhões ao Fundo Municipal de Saneamento Básico.

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