Os protestos contra o reajuste nos preços dos combustíveis chegaram ao terceiro dia na região de Londrina. Depois de bloquearem as saídas do Pool de Combustíveis, logo no início da manhã desta quinta-feira (4), motoristas que atuam através de aplicativos e caminhoneiros realizaram um novo bloqueio parcial na PR-445, região de Cambé. O trânsito ficou lento e filas de veículos se formaram nos dois sentidos da pista. A PRE (Polícia Rodoviária Estadual) acompanhou a manifestação.

Indignados com o reajuste de 4,8% no preço do litro da gasolina, o quinto do ano e que entrou em vigor nesta semana, motoristas autônomos deixaram o Pool de Combustíveis por volta das 16h desta quinta-feira. Um grupo de cerca de 20 pessoas deu início à paralisação parcial da pista acenando para motoristas. Em seguida, profissionais do transporte de cargas formaram uma fila de caminhões nas marginais e em uma das pistas da rodovia.

Imagem ilustrativa da imagem Motoristas realizam novo bloqueio parcial na região de Cambé
| Foto: Roberto Custódio

Durante a paralisação, o abastecimento de caminhões responsáveis pelo transporte de gás e combustíveis ficou interrompido. No entanto, o sindicato que representa mais de 80 postos em municípios da RML (Região Metropolitana de Londrina) negou que tenha havido o desabastecimento por conta da paralisação.

“Não temos nenhuma informação que indique falta de combustíveis no momento”, afirmou em nota um representante da Paranapetro (Sindicombustíveis-PR).

A entidade representa mais de 400 postos de combustíveis em 60 municípios do Norte do Paraná. Entretanto, proprietários de postos não descartam o risco de desabastecimento. De acordo com um empresário do setor alocado na zona Sul de Londrina e que pediu para não ser identificado, o início das manifestações causou aumento na procura por combustíveis apenas nesta terça-feira. A alta na procura não teria se repetido nos dois dias seguintes. O motivo, segundo a avaliação do empresário, seria as restrições de mobilidade em razão da pandemia da Covid-19 e que causaram queda na demanda. Porém, não descartou o risco de ficar sem gasolina para a venda nos próximos dias caso um novo fechamento provoque atraso na entrega.