Dezenas de caminhoneiros autônomos e motoristas de aplicativos participam do terceiro dia de manifestação em Londrina contra as constantes altas nos preços dos combustíveis, que só neste ano já foram reajustados cinco vezes. Na manhã desta quinta-feira (4) eles se concentram na rua Joni Belar Aguiar, no Cilo 3, via de acesso ao Pool de Combustíveis, na zona oeste, impedindo a saída dos caminhões que iriam abastecer os postos de combustíveis. Os manifestantes afirmam que são autônomos, que o ato é pacífico, apartidário e espera a abertura de um canal de comunicação com o governo.

Imagem ilustrativa da imagem Caminhoneiros bloqueiam Pool de Combustíveis de Londrina
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo FOLHA

Vinicius Cedro, motorista de aplicativo, que participa do protesto, afirma que pode faltar combustível nos postos, já que, garante, não há prazo para os manifestantes deixarem o local. Um caminheiro pediu a doação de água e alimentos, já que a paralisação é por tempo indeterminado. A reportagem observou que os manifestantes usam máscaras e têm à disposição álcool em gel.

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As polícias Civil e Militar estão no local acompanhando a movimentação e tirando fotos. Um motorista de caminhão de gás, que pediu para não ser identificado, disse que foi bloqueado por volta das 9h, quando ia abastecer cerca de 500 botijoes de gás, que seriam distribuídos na região de Abatiá, no Norte Pioneiro. "Tá tudo parado e não sei que horas vou sair daqui. Não tem o que fazer", desabafou.

O caminhoneiro autônomo Mauro Gomes diz que está impossível trabalhar com o preço do combustível. "E essa situação começa a afetar todo mundo. Uma hora esse 'preço' vai pesar na mesa das famílias", comentou, ao detalhar que um caminhão roda cerca de 2,5 km com um litro de óleo diesel. "Tem regiões que o diesel está 4,60 o litro. Faz as contas. É inaceitável".

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| Foto: Micaela Orikasa - Grupo FOLHA

Neste momento, o trânsito na rua Joni Belar Aguiar, esquina com a avenida Saul Elkind, está liberado para a passagem de veículos de passeio, mas os caminhões estão sendo bloqueados. "A maioria que está sendo parada está de acordo com a manifestação porque todo mundo está inconformado", afirmou Cedro, que trabalha como motorista de aplicativo há três anos.

(Mais informações em breve)