Usuários do transporte coletivo de Londrina poderão ficar sem o serviço por alguns dias pela segunda vez apenas neste ano por conta da ausência de acordos entre as empresas que operam o serviço, a TCGL (Transporte Coletivo Grande Londrina) e a Londrisul, e os trabalhadores representados pelo sindicato. Nesta quarta-feira (2), nova assembleia de trabalhadores será realizada e poderá resultar na aprovação de um indicativo de greve. Se for aprovada, a medida deverá resultar na paralisação dos serviços depois de 72 horas, conforme prevê a legislação.

Imagem ilustrativa da imagem Motoristas realizam assembleia que pode resultar em nova greve
| Foto: Gustavo Carneiro

Um edital de convocação para a assembleia foi publicado pelo Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Londrina e Região). A assembleia começou às 4h30 nas garagens das concessionárias e será itinerante, percorrendo os terminais de bairro, durante o dia. A contagem deverá iniciar no final do tarde no Terminal Central, com o resultando sendo divulgado ainda nesta quarta-feira.

"Infelizmente, voltamos à estaca zero. Não tem propostas a serem avaliadas a não ser aquilo que já conversamos, que é a proposta de retrocesso nas negociações coletivas. Não resta outra alternativa a não ser aprovarem amanhã o indicativo de greve", afirmou o presidente do Sinttrol, José Faleiros.

De acordo com ele, a categoria está correndo o risco de perder "conquistas" trabalhistas obtidas em acordos coletivos com as duas empresas que operam o serviço no município. "É ter retrocessos, prejuízos, perda do PPR (Programa de Participação de Resultados), perda do ticket, dos salários, jornada de seis horas e assim por diante. O sindicato pede aos companheiros que votem na opção A, é o indicativo de greve da categoria tendo em vista o retrocesso colocado na mesa de negociação", esclareceu.

Em abril, os motoristas cruzaram os braços por cinco dias aós atrasos no pagamento dos salários. A paralisação só chegou ao fim após as empresas quitarem os débitos com os trabalhadores e se comprometerem em não descontar dos vencimentos os dias parados. As diretorias das empresas apontam que as companhias estão atravessando momentos de grande prejuízo e cobram do Poder Público subsídios para obterem o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados com o município.