Questionado sobre as mortes de pacientes, mesmo aqueles que já tinham recebido as duas doses da vacina, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, ressaltou que a vacina tem os seus intervalos de confiança. “Tem vacina que tem um intervalo menor e outras com intervalo maior. Dependendo do intervalo pode dar oportunidade do vírus se instalar quando tem muito vírus circulante. Quando você tem um volume menor de vírus circulando, que é o que está acontecendo agora, as nossas vacinas ficam mais fortes.”

Questionado sobre as mortes de pacientes, mesmo aqueles que já tinham recebido as duas doses da vacina, o Secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, ressaltou que a vacina tem os seus intervalos de confiança.
Questionado sobre as mortes de pacientes, mesmo aqueles que já tinham recebido as duas doses da vacina, o Secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, ressaltou que a vacina tem os seus intervalos de confiança. | Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Preto explicou que hoje, entre os pacientes que fazem teste RT- PCR, cerca de 7% a 10% têm testado positivo. “Então você está tendo a condição de diminuir o ciclo quantitativo de vírus circulante. Por enquanto nós ainda temos alguns casos sendo relatados, mas bem menos do que há quatro meses ou cinco meses. Isso faz com que a gente insista no foco da vacinação neste momento. Tenho certeza que as vacinas para o ano que vem já serão vacinas diferentes das vacinas de 2021.”

Sobre a turma que ainda é contra a vacina ou acaba divulgando informações falsas sobre a vacina - a mais recente é de que o piloto do avião que transportava a cantora Marília Mendonça teria sofrido um mal súbito decorrente de efeitos adversos da vacina - ele afirmou que o que pode fazer é lamentar a postura de alguns. “Porque é um momento de tanta dor no Brasil pelos nossos óbitos por covid ao longo do tempo, que passam de 600 mil mortes. Fica a nossa solidariedade a todas as famílias paranaenses que perderam algum ente querido para a covid-19. No próprio acidente do avião, em que eram cinco pessoas na aeronave, incluindo a cantora Marília Mendonça, a gente tem aqui que lamentar esse tipo de informação”, declarou.

"Por isso que eu faço questão de insistir num binômio. Nós estamos enfrentando uma série de notícias difíceis nos últimos tempos, mas o que tem nos trazido até aqui é a cautela na tomada de decisão. Não se trata de uma corrida. Nós não temos que sair correndo para tomar decisão alguma. Nós temos que observar o que está sendo bem feito em outros locais e ter calma e segurança para tomar as decisões que nós julgamos as mais acertadas. Por outro lado, temos total transparência. Estamos estudando agora o número de pessoas internadas. Quantas estão internadas nos hospitais atualmente? Estamos verificando inclusive se foram ou não foram vacinadas. Em vez de notícias falsas, insisto aqui nas palavras de esperança de que a vacina é o nosso salvo conduto. Todos os dias a gente tenta demover e mudar a atitude de algumas pessoas, orientando aqueles que não se vacinaram a tomar a vacina para ajudar a sair dessa situação tão dramática.”

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Sobre uma estimativa de quantas pessoas que deveriam ter sido vacinadas e não se vacinaram, ele falou que a pasta tinha uma expectativa de acordo com o índice do IBGE, e o Paraná já ultrapassou 100% da meta de vacinados com a primeira dose. “Ainda assim nós temos muitas pessoas que não tomaram a segunda dose da vacina. A gente faz um cálculo que entre 1% e 3% da população não foi vacinada ou não tomou a segunda dose.”

Questionado sobre quais seriam os motivos para isso, ele afirmou que muitos estão com medo de tomar a segunda dose. “Quando a pessoa é idosa, muitas vezes depende de alguém e pode ficar na mão. Temos de tudo um pouco, mas principalmente é pela legitima opinião própria e isso também tem que ser respeitado. Eu posso respeitar, mas não posso concordar e preciso tentar mudar a atitude dessas pessoas. Por isso conto com a imprensa falando com todos para nos ajudar a convencer.”

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