Depois que os problemas estruturais da base operacional da Guarda Municipal de Londrina vieram à tona, o Ministério Público resolveu oficiar a Secretaria de Saúde e cobrar uma vistoria no prédio, onde o Município paga cerca de R$ 9 mil de aluguel para abrigar alguns setores da corporação.

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GMs de Londrina trabalham em prédio insalubre e com pouca ventilação

Motivada pelas denúncias veiculadas na imprensa, a promotora Susana de Lacerda enviou na última terça-feira (19) um ofício pedindo "a adoção das providências necessárias para que se realize fiscalização no prédio da sede da Guarda Municipal para que se sucedam medidas de eventual infração às disposições sanitárias".

Em muitas dependências, o forro apresenta lacunas
Em muitas dependências, o forro apresenta lacunas | Foto: Foto: Prefeitura de Londrina

As irregularidades estão em um relatório produzido pela Gerência de Segurança do Trabalho da Secretaria Municipal de Recursos Humanos. Técnicos constataram que "a ventilação é praticamente nula e insuficiente". O documento traz fotos de salas sem forro, paredes descascadas e mictórios desativados nos banheiros masculinos.

Procurada, a promotora não retornou o contato da FOLHA para entrevista. A fiscalização identificou um grande perigo no local de manutenção das armas, onde os guardas correm o risco de inalar produtos químicos. "Não há respirador com filtro para o manuseio dessas substâncias, em especial o querosene", resumiram os fiscais.

O Ministério Público aguarda até o fim deste mês respostas da prefeitura sobre as péssimas condições de trabalho dos GMs. Durante entrevista coletiva, o prefeito Marcelo Belinati (PP) declarou que não sabia da denúncia. "Esse problema só deve ser resolvido com a construção da sede própria. Estamos vendo alguns terrenos", informou.

ENQUANTO ISSO...

Pressionada pelo MP, a Secretaria de Defesa Social trabalha para adequar o local até que o projeto de uma base única enfim saia do papel. Nesta quarta (20), a pasta solicitou à Secretaria de Obras a elaboração de planilhas para algumas reformas.

O intuito é saber quanto ficariam a manutenção elétrica, pintura interna e externa, revisão na parte hidráulica e readequações de outros setores. O serviço deve ser realizado por uma empresa já contratada para manutenção preventiva de imóveis do Município.

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