Um relatório produzido pela Gerência de Segurança do Trabalho da Secretaria Municipal de Recursos Humanos encontrou uma série de irregularidades na estrutura da Diretoria Operacional da Guarda Municipal de Londrina. O prédio é alugado e funciona 24 horas por dia.

A vistoria foi motivada após ofício do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina). A visita dos técnicos aconteceu em março, mas o resultado só ficou pronto neste mês. No documento obtido pela FOLHA, fiscais concluíram que "a ventilação é praticamente nula e insuficiente".

Em muitas dependências, o forro apresenta lacunas
Em muitas dependências, o forro apresenta lacunas | Foto: Reprodução/Prefeitura de Londrina

Um dos grandes perigos foi localizado no setor de manutenção das armas, onde os agentes podem inalar produtos químicos. "Não há respirador com filtro para o manuseio dessas substâncias, em especial o querosene, o que gera um forte odor no ambiente de trabalho e pode causar irritação respiratória", escreveram os servidores.

Nesta dependência, não há "chuveiro de emergência e lavador de olhos para as atividades de manipulação dos materiais. Ausência também de fichas de informações de todos os itens químicos utilizados".

Banheiros masculinos estão com mictórios desativados
Banheiros masculinos estão com mictórios desativados | Foto: Reprodução/Prefeitura de Londrina

Nos banheiros masculinos, os problemas são os mictórios desativados e a falta de local adequado para descanso dos guardas, que precisam improvisar em colchonetes e tatames instalados no chão.

Segundo a inspeção, "foram evidenciados níveis de ruídos desconfortáveis provocados por um compressor de ar instalado dentro do setor de reparos e manutenção dos armamentos".

Na cabine da entrada, paredes cheias de infiltração
Na cabine da entrada, paredes cheias de infiltração | Foto: Reprodução/Prefeitura de Londrina

A fiscalização identificou "fiação elétrica exposta que não atende os requisitos mínimos de proteção e segurança, o que traz riscos de choques elétricos e incêndio na edificação".

PROBLEMA REPETIDO

Em 2017, funcionários da Secretaria de Recursos Humanos foram ao mesmo espaço e sugeriram várias adequações estruturais, o que não teria sido acatado. O relatório estipulou prazos que variam entre 30 e 180 dias para que as reformas sejam feitas.

PREFEITO RESPONDE

Questionado na manhã desta segunda-feira (18) sobre o problema, o prefeito Marcelo Belinati explicou que não tinha conhecimento do teor da denúncia. Ele adiantou que os problemas só devem ser resolvidos na íntegra com a construção de uma nova sede para a Guarda Municipal. "Estamos vendo alguns terrenos ainda. Queremos tornar esse projeto em realidade até o final do mandato", comentou.