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Ministério Público quer que avó de garota morta em Rolândia também vá a júri popular

ATUALIZAÇÃO
20 de agosto de 2020

Rafael Machado - Grupo Folha
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O Ministério Público de Rolândia entrou no final da tarde desta terça-feira (18) com um recurso para que a Justiça reavalie a decisão de não mandar a júri popular Terezinha de Jesus Guinaia, avó de Eduarda Shigematsu, encontrada morta nos fundos de uma casa em abril de 2019. O pai dela, Ricardo Seidi, é apontado pela Polícia Civil como o responsável pelo homicídio, crime que sempre negou. Durante todo o processo, apenas confessou ter escondido o corpo da filha. Ele será submetido ao Tribunal do Júri, ainda sem data para ser realizado. 

 

Após o desaparecimento da vítima, Terezinha e Ricardo passavam informações aos policiais e conselheiros tutelares para tentar encontrar a menina de 11 anos. Mas, de acordo com o promotor Vitor Hugo Nicastro Honesko, "os detalhes eram desconexos e confusos aos acontecimentos, evidenciando-se, com isso, que a intenção deles era desviar o foco das investigações quanto das suspeitas sobre os dois". 

Para o MP, a idosa sabia que o filho (Ricardo Seidi) supostamente teria matado a própria filha e o local que o corpo foi enterrado. Outro indício apontado na ação de que a acusada tinha conhecimento dos fatos aconteceu durante o sepultamento da garota. Na cerimônia, Terezinha teria pedido que a criança "perdoasse" o pai porque "ele era doente". O promotor quer que ela responda no júri por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. 

Quem vai decidir se acata ou não o recurso é o juiz criminal de Rolândia, Alberto José Ludovico. A FOLHA tenta contato com a defesa da avó de Eduarda. Durante o processo, ela chegou a ser presa, mas foi solta dias depois porque o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu um habeas corpus. Ricardo Seidi continua preso preventivamente. 

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