Imagem ilustrativa da imagem Janssen e Pfizer negam compra direta de vacinas para Prefeitura de Londrina
| Foto: Roberto Custódio/22-03-2021

O prefeito Marcelo Belinati (PP) está em busca de mais vacinas contra a Covid-19 para o município e na semana passada consultou os laboratórios fabricantes na tentativa de comprá-las diretamente, sob o argumento de que Londrina "está em situação dramática causada pela pandemia", além da "insuficiência de vacinas adquiridas pelo governo federal".

Foram consultados o Instituto Butantan, que desenvolveu a Coronavac, a Astrazeneca, também com doses sendo aplicadas no Brasil, e outras instituições que já fecharam acordos com o Ministério da Saúde, como a Pfizer e a Janssen. Esses dois últimos fabricantes já negaram a possibilidade do município comprar diretamente as vacinas. A FOLHA teve acesso aos e-mails em resposta ao prefeito.

A Janssen respondeu que "durante esse período emergencial, globalmente, a companhia irá fornecer sua vacina às esferas federais para possibilitar um amplo acesso da população aos programas nacionais de imunização. No Brasil, a Janssen e o Ministério da Saúde assinaram um Acordo de Compra Antecipada para fornecer milhões de doses de sua vacina candidata de dose única ao país. Neste momento, nenhum pessoa física ou empresa está autorizada a negociar em nome da Janssen nossa vacina candidata contra a COVID-19 com nenhum ente público ou privado, seja direta ou indiretamente".

A Pfizer, que vem desenvolvendo uma vacina em parceria com os laboratórios BioNTech e COMIRNATY™, também afirmou em nota que não pretende comercializar sua vacina no mercado privado, estados ou municípios. "Portanto, não está recebendo pedidos ou efetuando reservas. Globalmente, a Pfizer decidiu que a vacina COMIRNATY™ deve ser distribuída à população em geral com o suporte dos governos federais de forma a assegurar adequada priorização e promover equidade. Por isso, destinou seus esforços para negociações com os governos federais de todo o mundo".

Outra tentativa da prefeitura para agilizar a chegada de doses contra a Covid-19 é a adesão ao Consórcio de Municípios do Brasil, que permite a aquisição de equipamentos e insumos médicos, além de 10 tipos de imunizantes diferentes. No mês passado, durante a discussão na Câmara da inclusão de Londrina no grupo, o secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, disse que o município pode investir até R$ 10 milhões para obter as vacinas.

VACINÔMETRO

Até as 23h do dia 02 de abril, o vacinômetro em Londrina registrou que 66.776 pessoas já foram imunizadas com a primeira dose e 6.924 com a segunda dose.

A FOLHA fez contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Londrina para comentar o assunto e aguarda um retorno.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1

Leia mais: Prefeito tenta negociar compra direta de vacinas contra a Covid-19 com laboratórios