A Polícia Civil concluiu o inquérito envolvendo a morte de Paulo Sérgio Bartholomeu, 50. Dois irmãos foram indiciados pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Além disso, o delegado de Homicídios pediu à Justiça a conversão da prisão do homem apontado como o assassino do diretor do Colégio Estadual de Guaravera, na zona sul de Londrina, de temporária para preventiva, ou seja, por prazo indeterminado. Ele está detido desde o dia 13 de janeiro, após se apresentar na delegacia.

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A investigação apontou que os envolvidos teriam participado de uma festa na chácara do educador horas antes do crime. “O que está preso alegou que recebeu R$ 1.000 via PIX em relação a uma suposta negociação que ele fez com o Paulo Sérgio para locação da chácara no final do ano, mas depois esse dinheiro teria sido devolvido. No entanto, ele não apresentou nenhum comprovante de contrato, nem negociação via WhatsApp. A história dele não tem fundamento nenhum”, defendeu o delegado João Reis.

O outro suspeito chegou a ser detido durante uma operação no começo de janeiro, entretanto, atualmente responde o processo em liberdade. A polícia identificou a transferência de R$ 2 mil da conta do diretor para este homem. “Ele disse inicialmente que ficou sabendo depois da morte do diretor e devolveu o dinheiro. Porém, o irmão (preso) negou essa versão, o que significa que ele pode ter sido beneficiado pelo dinheiro”, explicou.

VIOLÊNCIA

O corpo de Paulo Sérgio Batholomeu foi encontrado no dia 28 de dezembro num córrego entre o distrito de Lerroville e a cidade de Tamarana (Região Metropolitana de Londrina), com os pés e mãos amarrados e marcas de facadas. O carro dele foi localizado na sequência incendiado na mesma região. O educador era servidor público desde 1995 e há 14 anos trabalhava na direção do colégio de Guaravera.

“O Paulo Sérgio frequentava a chácara naquela noite (do dia 27 de dezembro). Em determinado momento ele foi subjugado pelos indivíduos e depois amarrado com tecido. O homem preso alegou que estava lá, mas não colocou o diretor no porta-malas, no entanto, como se entra num carro e vai até Lerroville com uma pessoa no porta-malas do carro? Depois disse que ele teria sido ameaçado com uma faca, mas é uma história difícil de acreditar”, afirmou.

TERCEIRO SUSPEITO

A Polícia Civil ainda está em busca de um terceiro suspeito. Ele aparece nas imagens de câmeras de segurança de uma conveniência de bebidas na região sul com o diretor instantes antes da execução. “O inquérito tem um prazo quando o réu está preso. Agora vamos continuar as investigações paralelas para tentar identificar este outro homem. Quando for identificado ele também deverá ser indiciado e vamos requerer a prisão”. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos dois indiciados.

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